O INMET acionou nesta quarta-feira, 1º, um alerta vermelho de perigo para cinco estados brasileiros: Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Bahia e Minas Gerais. (Paulo Pinto/Agência Brasil)
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Publicado em 1 de outubro de 2025 às 14h17.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) divulgou a previsão climática para outubro, mostrando um Brasil dividido entre excesso e falta de chuva. O Sudeste deve ser a região mais afetada pelas precipitações, enquanto partes do Centro-Oeste, Norte e Sul vão enfrentar volumes menores do que o normal para a época.
O destaque fica por conta do calor intenso previsto para quase todo o território nacional. Os termômetros devem marcar temperaturas acima do esperado na maior parte dos estados, o que já motivou a emissão de um alerta vermelho para cinco unidades da federação nesta quarta-feira, 1º, devido à baixa umidade do ar.
O clima na região amazônica será bastante irregular neste mês. Estados como Pará e Tocantins vão sentir a falta de chuva, sendo que a redução pode passar de 50 milímetros em algumas áreas. Trechos do Amazonas, tanto no lado leste quanto no noroeste, também devem ter déficit de precipitação.
Já o Amapá vai na contramão e deve ter chuvas mais generosas, assim como acontece no norte do Pará e no oeste do Acre. Rondônia também receberá volumes maiores em sua porção norte. Quanto ao calor, os termômetros podem subir mais de 1°C além do normal, chegando a 32°C em cidades do sudeste paraense e de Tocantins.
Os estados do Nordeste terão um mês dentro do padrão histórico de chuvas. A exceção fica para algumas áreas específicas, com o norte baiano, que pode ver precipitações acima do esperado, assim como o sul do Maranhão e do Piauí.
O calor, por sua vez, será a marca registrada em todos os nove estados. No interior da Bahia e nas áreas mais ao sul do Maranhão e Piauí, os termômetros podem bater 28°C ou mais. Até no litoral as temperaturas ficarão elevadas, girando entre 26°C e 28°C. Isso aumenta a perda de água pelas plantas e exige cuidado redobrado nas lavouras que dependem de irrigação.
A região enfrenta um panorama complicado para a agricultura. Boa parte do Mato Grosso terá menos chuva do que deveria, problema que se estende ao noroeste de Goiás e ao Distrito Federal. Em algumas localidades, pode chover 50 milímetros a menos do que a média.
Algumas áreas escapam desse cenário, como o oeste mato-grossense e pontos do Mato Grosso do Sul, que devem ter precipitações maiores.
Já as temperaturas seguem em alta, podendo passar de 28°C no norte do Mato Grosso e no oeste sul-mato-grossense. Vale lembrar que essa mistura de calor forte e pouca chuva dificulta o plantio das culturas de verão que estão começando agora.
A região terá mais foco em termos de chuva. Minas Gerais deve ter precipitações acima do normal em quase todo o território, e o mesmo vale para o oeste e sudeste de São Paulo. O Rio de Janeiro também não deve ter problemas com falta d'água, e as demais áreas ficam dentro do padrão histórico.
Já as temperaturas passam dos 22°C com facilidade, principalmente no leste paulista e na divisa com Minas, além do centro-sul fluminense. No interior mineiro e no centro-oeste paulista, os termômetros podem chegar a 25°C. A boa notícia é que as chuvas ajudam a recuperar a umidade do solo e favorecem plantações de café e cana-de-açúcar.
O Rio Grande do Sul terá um mês mais seco em todo o estado, com a redução nas chuvas podendo chegar a 75 milímetros em algumas cidades. Já Paraná e Santa Catarina vivem o oposto, uma vez que grande parte do território paranaense deve ter chuvas acima do normal, assim como o norte e oeste catarinense.
Em outubro, as temperaturas ficam abaixo da média na parte central do estado, não passando de 20°C. Já no Paraná, especialmente no norte e leste, o calor vem com força e pode ultrapassar 24°C, cerca de 1°C a mais do que o esperado. O restante da região mantém temperaturas dentro do padrão.
O INMET acionou nesta quarta-feira, 1º, um alerta vermelho de perigo para cinco estados brasileiros: Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Bahia e Minas Gerais. O aviso pode continuar valendo nos próximos dias, dependendo de como o clima se comportar.
Nessas áreas, a umidade do ar deve cair para menos de 12%. Vale destacar que esse índice aumenta muito o risco de incêndios florestais e traz problemas sérios para a saúde, como doenças respiratórias e fortes dores de cabeça. São Paulo está sob alerta amarelo até quinta-feira (2), num nível menor de risco.
O instituto faz uma série de recomendações para quem está nessas regiões: beber muita água ao longo do dia, não fazer exercícios ao ar livre, evitar o sol entre 10h e 16h, passar hidratante na pele e deixar o ambiente úmido com toalhas molhadas ou umidificadores.