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Contingente de Força Nacional é reduzido para Olimpíada

Forças Armadas irão cobrir a deficiência durante o período


	Forças Armadas: instituição irá cobrir a deficiência durante o período
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil)

Forças Armadas: instituição irá cobrir a deficiência durante o período (Fábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 15h25.

Brasília - O Rio de Janeiro terá 5 mil homens da Força Nacional de Segurança durante os Jogos Olímpicos, em vez dos 9,6 mil previstos inicialmente, e a diferença será compensada com a presença de mais homens das Forças Armadas, informou nesta terça-feira o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

“Qualquer deficiência que tivermos no número de homens previsto na Força Nacional será coberta pelas Forças Armadas”, afirmou o ministro. A Força Nacional assumiu nesta terça-feira a segurança das instalações esportivas da Rio 2016.

De acordo com o secretário de Segurança Nacional, Celso Perioli, 1.500 homens já estão na cidade e outros 3.500 estariam “a postos”, incluindo mil homens da Polícia Militar de São Paulo e outros 100 de Minas Gerais. Mas não deu um prazo para as tropas chegarem ao Rio.

Esta semana, policiais civis e bombeiros protestaram no aeroporto, reclamando contra pagamentos atrasados e afirmando que a cidade não estaria segura durante os Jogos.

No mesmo dia, o governo do Estado afirmou que usou parte dos 2,9 bilhões de reais repassados pela União para pagar os atrasados. A segurança voltou a ser motivo de preocupação com o aumento da violência na cidade nos últimos meses e, especialmente, às portas de um grande evento. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse esta semana à emissora norte-americana CNN que o governo do Estado faz um trabalho "terrível" na segurança pública.

“Refizemos as escalas e o Ministério da Justiça está preparando uma medida provisória para tentar alocação de pessoas na reserva para ver se chegamos a esse total”, disse o secretário, ao se referir aos 9,6 mil previstos inicialmente. A MP, no entanto, prevê a criação de uma espécie de cadastro de reserva para ser usado em caso de necessidade.

As Forças Armadas ampliaram o número de homens a serem alocados no Rio de Janeiro para compensar a perda de parte da Força Nacional. Segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, Exército, Marinha e Aeronáutica vão deslocar 21 mil homens para o Rio, 3 mil além do previsto inicialmente.

“Inicialmente tínhamos previsto 18 mil homens. Com a solicitação do governo do Rio de Janeiro passaremos para cerca de 21 mil homens. Temos hoje no Rio de Janeiro 6 mil homens já prontos. Semana que vem iniciaremos a movimentação de tropas e no dia 15 de julho teremos 18 mil prontos para atuar e até dia 17, cerca de 21 mil homens”, disse o almirante.

As Forças Armadas vão atuar, além dos locais de competições como previsto inicialmente, no policiamento de rua nas vias de acesso aos locais, na Linha Amarela, nas ruas da zona sul e da zona oeste, onde acontece a maior parte dos eventos.

Também farão o policiamento ostensivo do lado de fora do Aeroporto do Galeão e das vias de acesso ao aeroporto.

Em maio, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, havia pedido reforço das Forças Armadas, já que a Força Nacional estaria comprometida com a segurança das instalações olímpicas. Daí a decisão de colocar as Forças Armadas na segurança ostensiva das ruas. (Por Lisandra Paraguassu)

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