Brasil

Contratos do lixo em São Paulo passarão por "pente-fino"

Um dos objetivos é obrigar os dois consórcios do lixo a universalizar a coleta seletiva na capital paulista até o fim de 2017 - hoje, esse índice não chega a 7%


	Luvas de catadora de lixo reciclável, em São Paulo
 (REUTERS/Nacho Doce)

Luvas de catadora de lixo reciclável, em São Paulo (REUTERS/Nacho Doce)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2014 às 10h08.

São Paulo - A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) vai fazer uma auditoria nos contratos do lixo e contratar uma consultoria para verificar a eficiência do serviço de limpeza das ruas de São Paulo.

O custo do serviço vai ser de R$ 2,74 milhões, conforme o edital da concorrência publicado ontem no site da Prefeitura. Um dos objetivos do contrato é obrigar os dois consórcios do lixo a universalizar a coleta seletiva na capital paulista até o fim de 2017 - hoje, esse índice não chega a 7%.

Os atuais contratos de concessão do lixo, de mais de R$ 10 bilhões, são os maiores da administração municipal e foram assinados no segundo semestre de 2004, no fim da gestão da prefeita Marta Suplicy (PT), após uma licitação marcada por polêmica e denúncias de irregularidades.

Os contratos são válidos por 20 anos, até o fim de 2024. Em 2005, o então prefeito José Serra (PSDB) chegou a reduzir os valores repassados às empresas, que acabaram deixando de cumprir uma série de metas nos últimos anos, como o avanço na implementação da coleta seletiva.

Plano 

Agora, a gestão Haddad quer, além de rever os valores e cumprimentos de metas do contrato, acompanhar como as duas concessionárias vão cumprir o novo Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de São Paulo, criado por decreto em março deste ano.

As empresas também precisam implementar a coleta seletiva e construir quatro grandes centrais de processamento para receber o lixo da coleta seletiva. O serviço é feito pelo Consórcio Bandeirantes 2, formado por Queiroz Galvão, Heleno&Fonseca e Lot, e pelo Consórcio Loga, formado por Vega, Cavo e SPL.

As duas empresas receberam reajustes nos valores do contrato durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), nos anos de 2007 e de 2012. Na ocasião, foram assinados dois termos de compromisso, com novas obrigações para as empresas, como a construção de novas centrais de triagem.

A auditoria de Haddad também vai analisar se as obrigações desses dois termos estão sendo cumpridas pelos consórcios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFernando HaddadLicitaçõesLixoMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosReciclagemSão Paulo capital

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil