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Corpo retirado da Rocinha pode ser de Amarildo

Ajudante de pedreiro desapareceu depois de ser supostamente confundido com um traficante e levado por policiais da UPP


	Em protesto, moradores da Rocinha e parentes de Amarildo de Souza cobram informações sobre o desaparecimento do pedreiro
 (Fernando Frazão/ABr)

Em protesto, moradores da Rocinha e parentes de Amarildo de Souza cobram informações sobre o desaparecimento do pedreiro (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2013 às 09h53.

Rio - O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios, vai intimar um policial militar que tem informações sobre a retirada da Rocinha de um corpo que poderia ser do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde 14 de julho. O soldado, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora local, contou que o tio dele, motorista de caminhão da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), empresa de limpeza urbana da prefeitura carioca, foi obrigado a transportar o cadáver de um homem.

Segundo o relato, homens armados saíram da mata, renderam o motorista e ordenaram que seguisse direto para o depósito final, no Caju, sem fazer outras paradas. O episódio ocorreu no dia 28 de julho, 14 dias depois da morte do pedreiro.

No sábado (3), o delegado Rivaldo Barbosa fez nova perícia complementar na UPP da Rocinha - a segunda, em dias consecutivos. Barbosa disse que a medida faz parte de uma estratégia de aproximação dos moradores da favela.

O ajudante de pedreiro desapareceu depois de supostamente confundido com um traficante e levado por policiais da UPP. Na delegacia, o engano foi desfeito, e Amarildo liberado. Ele não foi mais visto. O sumiço do ajudante de pedreiro motivou protestos. Inicialmente, apenas moradores da Rocinha fizeram uma passeata. Logo, cartazes com a pergunta "Cadê Amarildo?" começaram a surgir em manifestações contra o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). Na semana passada, o desaparecimento de Amarildo foi tema de passeata em São Paulo.

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, afirmou que a primeira suspeita que se deve ter é a de "responsabilidade pública" pelo desaparecimento de Amarildo. Os policiais militares que prenderam o ajudante de pedreiro foram afastados do serviço externo, mas continuam a trabalhar na corporação. (Clarissa Tomé) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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