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CPI do INSS inicia trabalhos com análise de requerimentos e disputa pela vice-presidência

Servidores e ex-ministro Carlos Lupi podem ser chamados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito

Agência o Globo
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Publicado em 25 de agosto de 2025 às 07h07.

Os trabalhos da CPI do INSS começam nesta terça-feira com a definição do plano de trabalho e análise de requerimentos. Até agora, já foram apresentados cerca 833 pedidos que vão de convocação para depor à quebra de sigilo.

Também ficou em aberto a escolha do vice-presidente, que deve ser nomeado durante a reunião.

Na lista de requerimentos que podem ser votados nesta semana estão a convocação de servidores e do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, que deixou o governo Lula após a operação da Polícia Federal contra descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

A CPI foi instalada na semana passada com uma derrota do governo, que organiza uma reação na tentativa de evitar que o colegiado vire palco da oposição e amplie os desgastes.

Composição e presidência da CPI

O Palácio do Planalto definiu uma tropa de choque na comissão, vai insistir em uma linha do tempo que busca associar as fraudes não ao governo Lula, mas à gestão de Jair Bolsonaro, e vai redobrar a atenção com os requerimentos para impedir, por exemplo, que um dos irmãos do presidente vire alvo.

Ao perder a presidência e a relatoria, em uma reviravolta que provocou troca de acusações na própria base, o Planalto fez uma série de reuniões e reformulou a estratégia.

Um dos pontos mais sensíveis será a atenção com as convocações. O governo afirma que, dos 32 integrantes da comissão, conta com 16 ou 17, o que garante no máximo uma maioria estreita e deixa o Planalto sob risco de novo revés.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG) derrotou o senador Omar Aziz (PSD-AM), que era considerado favorito e contava com o apoio de Lula e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A relatoria será do deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o que também foi uma derrota para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que defendia a escolha do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO). O governo tenta agora ao menos ficar com a vice-presidência.

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