Crianças e adolescentes são a faixa etária mais vulnerável à fome (Spencer Platt/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 15h41.
As crianças e os adolescentes são os mais afetados pela ameaça da fome no Brasil. Mais de 17,4% da população de 0 a 17 anos de idade conviviam com insegurança alimentar grave ou moderada em 2024. Esse percentual é mais que o dobro da média de pessoas no país que passam por esses tipos de restrições alimentares (7,7%).
É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE, cujos dados sobre segurança alimentar no país foram divulgados nesta sexta-feira.
Os indicadores mostram que a insegurança alimentar diminui é maior entre crianças e adolescentes do que entre idosos. Considerando apenas o tipo de restrição mais grave, 3,3% da população de 0 a 4 anos e 3,8% da população de 5 a 17 anos conviviam com a realidade da fome, enquanto na população de 65 anos ou mais esta proporção foi de 2,3%.
Ela explica que, quanto mais filhos a família tiver, maior pode ser o grau de insegurança alimentar, já que se torna necessário dividir a renda e a comida entre mais pessoas.
Os dados do IBGE apontam ainda que a fome está relacionada ao grau de escolaridade. A parcela de lares em insegurança alimentar grave chefiados por pessoas com até o ensino fundamental completo foi de 65,7%. Já entre domicílios que estavam com segurança plena em relação à alimentação, 64,9% tinham responsáveis com nível médio, mesmo que incompleto.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do IBGE, classificam os lares de acordo com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). Nela, há quatro critérios que definem a situação dos brasileiros em um domicílio: segurança alimentar; insegurança alimentar leve; moderada ou grave. Veja abaixo o que caracteriza cada um: