Brasil

Crise nos países ricos não impede invasão de migrantes

Nunca o planeta contou com tantos imigrantes vivendo fora de suas fronteiras como em 2010, segundo a Organização Mundial de Migrações

Crise no mundo desenvolvido não impede migrações, dia a Organização Mundial de Migrações (Win McNamee/Getty Images)

Crise no mundo desenvolvido não impede migrações, dia a Organização Mundial de Migrações (Win McNamee/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2010 às 08h45.

Londres - Países ricos da Europa, dos Estados Unidos ou do Japão se lançam nos últimos dois anos na construção de muros e barreiras contra trabalhadores imigrantes, além de intensificar a expulsão de milhares diante da recessão. Mas nada disso terá resultados e a invasão estrangeira continuará.

Essa é a conclusão do relatório anual da principal entidade que se ocupa de fluxos migratórios, a Organização Mundial de Migrações (IOM, na sigla em inglês). Segundo a instituição, nunca o planeta contou com tantos imigrantes vivendo fora de suas fronteiras como em 2010. No total, são 214 milhões de pessoas, dos quais um terço foram viver na Europa. Para 2050, a projeção é de que haja mais de 405 milhões. 

Se os “retirantes” internos em um país forem contabilizados no total da migração, a constatação é de que quase 1 bilhão de pessoas vive longe de seus locais de origem, fenômeno que nem mesmo a descoberta das Américas ou as grandes migrações do passado superariam.

Segundo o levantamento, Madri, Londres, Roma Washington, Paris e Bruxelas estão de fato proliferando medidas de expulsão de estrangeiros e a criação de barreiras contra a entrada de novos trabalhadores. O movimento seria uma resposta desesperada - e ineficiente - para dar um sinal à população de que os governos estão tomando iniciativas diante de um desemprego recorde e que só na Europa atinge 23 milhões de pessoas. 

Para a IOM, a realidade é que o aumento é “inexorável” diante da explosão populacional nos países pobres e das necessidades econômicas de milhões de pessoas. Em 2005, a mão de obra existente nos países pobres chegava a 2,5 bilhões de pessoas. Para 2040, esse volume atingirá 3,4 bilhões. Muitos terão de migrar se quiserem ter alguma chance de sobreviver.

“Há um grande desequilíbrio entre a oferta e a demanda por trabalho no mundo e isso será aprofundado nos próximos anos”, alertou a entidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEstados Unidos (EUA)EuropaUnião EuropeiaCrises em empresas

Mais de Brasil

Lula veta mudanças na Lei da Ficha Limpa que reduziam tempo de inelegibilidade

Governo de SP investiga venda de bebidas adulteradas em bares na Mooca e no Jardins

Bolsonaro pode voltar ao hospital por crise de soluços, diz família

Fux decide que número de deputados por estado permanece o mesmo em 2026