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CUT vai à Justiça por autorização para ato pró-Lula na Paulista

A CUT quer garantir a realização de manifestação no próximo dia 24 de janeiro, data do julgamento do ex-presidente Lula pelo TRF4

Lula: em suas redes sociais, MBL e CUT continuam divulgando a realização de atos na Paulista (Ricardo Stuckert/Facebook Lula/Divulgação)

Lula: em suas redes sociais, MBL e CUT continuam divulgando a realização de atos na Paulista (Ricardo Stuckert/Facebook Lula/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 18h07.

São Paulo - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SP), Douglas Izzo, afirmou nesta quinta-feira, 18, que a entidade deve entrar com um mandado de segurança para garantir a realização de manifestação na Avenida Paulista no próximo dia 24 de janeiro, data do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).

Na quarta-feira, 17, uma reunião entre a Polícia Militar e membros do Movimento Brasil Livre (MBL), Revoltados Online e CUT sobre manifestações na Paulista terminou em impasse. Grupos pró e anti-Lula se reuniram por quase duas horas na sede do Comando de Policiamento Metropolitano 1 (área centro da Capital), mas não chegaram a nenhum acordo sobre mudanças de local e horário de seus respectivos atos.

Em suas redes sociais, MBL e CUT continuam divulgando a realização de atos na Paulista. O MBL tem anunciado um ato que iria das 10h às 20h, em frente ao Masp. Já a CUT informou que o seu ato começaria às 17h, em frente à Fiesp.

Sem possibilidade de avanço no diálogo entre entidades interessadas, a Polícia Militar optou por comunicar na quarta-feira o Ministério Público que a realização dos atos no mesmo horário e local "implicaria em ameaça quanto à integridade física e segurança dos participantes."

MBL e Revoltados Online, que protocolaram o pedido para ocupar a Avenida Paulista no dia 18 de dezembro, não concordaram em alterar os horários de manifestação ou o local antes previstos. Como o pedido da CUT foi feito apenas no dia 8 de janeiro, os movimentos anti-Lula teriam preferência de escolha. "Nós tentamos um acordo. A gente propôs mudança de horário ou até na chegada dos manifestantes por lados diferentes da avenida. Ainda assim, o MBL não aceitou. Esse grupo está agindo deliberadamente para evitar que grupos pró-Lula se manifestem livremente", disse Izzo.

Já o coordenador do MBL, Kim Kataguiri, afirmou não aceitar um acordo por considerar "arriscado deixar uma mobilização da CUT marcada para o mesmo local com apenas uma hora de diferença para o nosso". Segundo Kataguiri, "a CUT nunca cumpriu nenhum acordo feito com o MBL nessas reuniões com a polícia".

Uma nova rodada de negociação entre CUT, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo está prevista para o final da tarde desta quinta, 18.

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