Brasil

Decisão do STF sobre "pílula do câncer" paralisa mil ações

A cidade de Cravinhos abriga o laboratório PDT Pharma, credenciado pelo governo estadual para realizar testes sobre os efeitos da chamada "pílula do câncer"


	Pílula do câncer: defensores e usuários da "pílula do câncer" pretendem realizar manifestações em todo o País
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Pílula do câncer: defensores e usuários da "pílula do câncer" pretendem realizar manifestações em todo o País (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 20h08.

Sorocaba - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender provisoriamente a lei federal que liberou o uso, distribuição e fabricação da fosfoetanolamina sintética, paralisou cerca de mil ações que já haviam recebido liminar da Justiça de Cravinhos, no interior de São Paulo.

A cidade abriga o laboratório PDT Pharma, credenciado pelo governo estadual para realizar testes sobre os efeitos da chamada 'pílula do câncer'.

De acordo com o promotor Vanderley Trindade, que atua nos processos, embora a decisão não suspenda as liminares já concedidas, o entendimento da Corte superior reforça a alegação do laboratório de que não tem autorização legal para encapsular a substância.

"Conversei com o juiz e o entendimento é de que as liminares ficam sem efeito pelo menos até o julgamento do mérito da ação no Supremo", disse.

Conforme Trindade, a decisão não proíbe que sejam realizadas pesquisas sobre os efeitos da substância. "A pesquisa não está proibida e, pelo que já soubemos, o governo do Estado pretende dar continuidade aos testes como o medicamento."

Em caso de omissão do governo, o promotor pretende entrar com ação para compelir o Estado a prosseguir com os estudos.

"Em trinta anos de atuação, nunca tinha me deparado com um caso envolvido em tanta expectativa e ansiedade por parte das pessoas que procuram a Justiça", disse.

Mobilização

Defensores e usuários da "pílula do câncer" pretendem realizar manifestações em todo o País, ainda no fim de maio, para a liberação da produção e uso da substância.

"Estamos nos organizado inclusive pelas redes sociais, para atos simultâneos, em defesa do direito de usar as cápsulas", disse o assessor parlamentar Abrão Dib, um dos organizadores dos eventos.

Acompanhe tudo sobre:CâncerDoençasRemédiosSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

EUA querem uma solução ‘inconstitucionalmente impossível’, diz Haddad

Anatel justifica fim da obrigatoriedade do uso do 0303

STF confirma direito de recusar transfusão de sangue por motivos religiosos

Fuvest 2026: candidatos poderão escolher local da 1ª fase; saiba como