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Defesa de Cunha pede adiamento de julgamento no Supremo

O Supremo Tribunal Federal marcou o julgamento para a próxima quarta-feira (2)


	Eduardo Cunha: advogados do deputado alegam que o STF não pode julgar se abre ação penal sem julgar recursos protocolados pela defesa
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: advogados do deputado alegam que o STF não pode julgar se abre ação penal sem julgar recursos protocolados pela defesa (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 16h44.

Brasília - A defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu hoje (29) adiamento do julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o deputado.

O Supremo Tribunal Federal marcou o julgamento para a próxima quarta-feira (2).

Os advogados de Cunha alegam que o Supremo não pode julgar se abre ação penal contra o parlamentar sem julgar dois recursos protocolados pela defesa, nos quais os advogados pedem mais prazo para contestação.

O presidente da Câmara foi denunciado em agosto do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob a acusação de ter recebido propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.

De acordo com Janot, Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda do estaleiro Samsung Heavy Industries em 2006 e 2007.

O negócio foi feito sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares e o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

O caso foi descoberto a partir do acordo de delação premiada firmado pelo consultor Júlio Camargo, que também participou do negócio e recebeu US$ 40,3 milhões da Samsung Heavy Industries para concretizar a contratação, segundo a denúncia.

Em outra acusação, Janot afirma que Eduardo Cunha pediu, em 2011, à ex-deputada e atual prefeita de Rio Bonito (RJ) Solange Almeida a apresentação de requerimentos à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para pressionar o estaleiro, que parou de pagar as parcelas da propina.

Segundo Janot, não há dúvida de que Cunha foi o verdadeiro autor dos requerimentos. A prefeita foi incluída no processo. Cunha nega todas as acusações a afirma que não vai deixar o cargo

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