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Defesa de Jucá pede acesso aos áudios de conversa

Eles também querem saber se o procurador-geral, Rodrigo Janot, vai determinar a abertura de um inquérito por conta do conteúdo dos áudios


	Romero Jucá: na peça, a defesa afirma que as conversas "certamente foram gravadas sem o conhecimento" de Jucá
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Romero Jucá: na peça, a defesa afirma que as conversas "certamente foram gravadas sem o conhecimento" de Jucá (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 20h47.

Brasília - Os advogados do ministro licenciado Romero Jucá pediram à Procuradoria-Geral da República para ter acesso às gravações entre o peemedebista e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Eles também querem saber se o procurador-geral, Rodrigo Janot, vai determinar a abertura de um inquérito por conta do conteúdo dos áudios divulgados nesta segunda-feira, 23.

Na peça, a defesa afirma que as conversas "certamente foram gravadas sem o conhecimento" de Jucá e afirmam que não há "absolutamente qualquer ilegalidade nos referidos diálogos".

Na gravação divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, o peemedebista diz a Machado que a chegada do vice Michel Temer à Presidência poderia levar a um pacto para conter o avanço das investigações da Operação Lava Jato.

As conversas ocorreram semanas antes de a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ser aprovada na Câmara.

Com a repercussão do episódio, Jucá anunciou que se licenciaria do cargo até que o Ministério Público ou o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicionassem sobre o caso e afirmassem se houve ou não crime na conversa.

"Não fiz nada, mas não adianta opinar agora", disse ele ao anunciar que se afastaria do Ministério do Planejamento.

Oficialmente, a Procuradoria-Geral da República não confirma que o ex-presidente da Transpetro esteja negociando uma delação premiada.

Para advogados que acompanham a Lava Jato, no entanto, os áudios que vieram à tona nesta segunda fazem parte do acordo de colaboração. Caso a delação seja realmente efetuada pela PGR, ela ainda terá que ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

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