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Delegações de Brasil e EUA iniciam 1ª reunião sobre tarifaço

Reunião ocorre após o encontro entre Lula e Trump na Malásia neste domingo, 26 de outubro

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 21h48.

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A delegação brasileira se reuniu nesta segunda-feira, 27, com representantes dos Estados Unidos, na Malásia, para dar início às negociações sobre o tarifaço de 50% imposto pelo governo de Donald Trump a produtos nacionais.

É o primeiro passo oficial após a conversa entre o presidente Lula e Trump realizada no domingo.

A prioridade de Brasília é reverter quanto antes as taxas aplicadas pela Casa Branca. Novos encontros bilaterais já estão programados para tentar resolver a crise comercial.

Segundo comunicado divulgado pelo Itamaraty nas redes sociais, a delegação americana foi liderada por Jamieson Greer, representante comercial do país. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, também participou da reunião.

Já a delegação brasileira foi comandada pelo chanceler Mauro Vieira, que estava acompanhado de Audo Faleiro, assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial do presidente Lula.

Como foi o 1º encontro de Trump com Lula?

O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Donald Trump, realizado no domingo, 26, em Kuala Lumpur, estendeu-se por quase uma hora.

Tanto Lula quanto Trump estavam na Malásia para participar da 47ª reunião de cúpula da Asean, a Associação de Nações do Sudeste Asiático.

Em um rápido pronunciamento aos jornalistas, Trump afirmou que acredita que as relações entre Brasil e EUA culminarão em um "bom acordo".

"Acho que conseguiremos fechar alguns bons acordos, como temos conversado, e acho que acabaremos tendo um ótimo relacionamento", declarou o republicano.

Quando questionado sobre uma possível diminuição das tarifas americanas contra o Brasil, Trump respondeu de forma cautelosa: "Vamos discutir isso por um tempo. Sabemos que nos conhecemos. Sabemos o que cada um quer".

Um dia após se reunir com Trump, Lula demonstrou otimismo em relação a uma solução rápida para as questões envolvendo tarifas impostas às exportações brasileiras por parte dos Estados Unidos.

“Logo, logo não haverá problema entre Estados Unidos e Brasil. O que interessa numa mesa de negociação é o futuro, é o que você vai negociar para frente. A gente não quer confusão, a gente quer negociação. A gente não quer demora, quer resultado”, resumiu Lula, em conversa com jornalistas.

O presidente também enfatizou que questões ideológicas não serão barreiras para que as negociações avancem para um desfecho favorável aos dois países.

“Fiz questão de dizer ao presidente Trump que o fato de termos posições ideológicas diferentes não impede que dois chefes de Estado tratem a relação com muito respeito. Eu o respeito porque ele foi eleito presidente dos Estados Unidos pelo voto democrático do povo americano e ele me respeita porque fui eleito pelo voto democrático do povo brasileiro. Com isso colocado na mesa, tudo fica mais fácil”, ponderou.

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