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Delegados envolvidos na máfia do ICMS são denunciados

O esquema de corrupção que deu um prejuízo estimado de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos


	Máfia do ICMS: o esquema de corrupção que deu um prejuízo estimado de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos
 (Ministério Público do Estado de São Paulo/Divulgação)

Máfia do ICMS: o esquema de corrupção que deu um prejuízo estimado de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos (Ministério Público do Estado de São Paulo/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 08h34.

São Paulo - O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou três delegados tributários da Secretaria Estadual da Fazenda por crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A medida é um desdobramento da Operação Yellow, de 2013, que descobriu um esquema de corrupção dentro da pasta que deu um prejuízo estimado de R$ 2,7 bilhões aos cofres públicos.

Segundo a denúncia dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec), Mauricio Dias, Luciano Francisco Reis e Miguel Conrado Piñero Valle - todos delegados tributários à época da investigação - construíram um patrimônio milionário graças ao esquema de corrupção que desviou recursos no recolhimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre a soja, na região de Bauru, interior paulista.

Os acusados usaram os próprios familiares, como mulheres e filhos, para abrir empresas de fachada para lavar dinheiro da corrupção. Eles também foram denunciados pelos promotores à Justiça.

"Os valores em espécie foram depositados em nome de empresas de fachada e convertidos na subscrição e integralização de cotas das empresas, na aquisição de bens imóveis, em depósitos e em contas de previdência privada para os agentes públicos e respectivos núcleos familiares", diz a denúncia.

A Secretaria da Fazenda informou que Reis e Dias foram afastados das funções e Valle está aposentado desde março. Todos respondem a procedimentos disciplinares na Corregedoria da Administração Tributária (Corcat).

Os advogados dos suspeitos não foram localizado pela reportagem para comentar o caso.

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