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Deputada do PSL acusa ministro do Turismo de ameaçá-la de morte

Alê Silva falou à Polícia Federal em inquérito que apura supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas nas eleições 2018

Marcelo Alváro Antônio: ministro afirmou que não tem motivos para deixar a pasta e que o presidente Jair Bolsonaro é um "homem bom, justo" (Valter Campanato/Agência Brasil)

Marcelo Alváro Antônio: ministro afirmou que não tem motivos para deixar a pasta e que o presidente Jair Bolsonaro é um "homem bom, justo" (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de maio de 2019 às 08h13.

Última atualização em 14 de maio de 2019 às 11h25.

Belo Horizonte — A deputada federal Alê Silva (PSL-MG), que afirma ter sido ameaçada de morte pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, prestou nesta segunda-feira (13), depoimento à Polícia Federal em Belo Horizonte no inquérito que apura supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas nas eleições 2018.

"Confirmei a forma como eu cheguei até o esquema, e da minha convicção de que ele tenha sido orquestrado pelo ministro", disse ela, ao deixar a sede da PF.

Na segunda-feira, Álvaro, que presidiu o PSL no Estado até o fim do ano passado, afirmou que não tem motivos para deixar a pasta e que o presidente Jair Bolsonaro é um "homem bom, justo, e não vai fazer nenhum tipo de prejulgamento".

O ministro participou de audiência na Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa de Minas.

Alê disse ter identificado irregularidades analisando contas das quatro candidatas derrotadas que fizeram inicialmente a denúncia. "Vi que tinham recebido valores expressivos do fundo de campanha, e que esse dinheiro teria sido repassado para empresas de propriedade de assessores de Marcelo Álvaro."

Segundo a parlamentar, após as denúncias, o ministro passou a oferecer cargos para aliados que teriam envolvimento no esquema. "Marcelo Álvaro trouxe todo mundo para perto de si e tenta, com isso, se blindar."

O ministro negou participação no esquema, que consistia em usar recursos de fundo público destinado a candidaturas de mulheres para outros fins, e afirmou que não entraria "no mérito" ao ser questionado se arranjou cargos públicos para investigados no caso.

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