Brasil

Deputados ameaçam obstruir votação da reforma política

O chamado texto infraconstitucional, elaborado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), trata, entre outros pontos, dos limites para as doações eleitorais


	Rodrigo Maia, autor do texto: os deputados alegam que o projeto foi apresentado só ontem à noite e que não houve tempo hábil para estudá-lo e apresentar emendas
 (.)

Rodrigo Maia, autor do texto: os deputados alegam que o projeto foi apresentado só ontem à noite e que não houve tempo hábil para estudá-lo e apresentar emendas (.)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2015 às 17h43.

Brasília - Parlamentares do PSB, PPS, PV, PCdoB, PSOL e PT fazem nesta tarde uma força-tarefa para convencer líderes partidários a não aceitar votar nesta quarta-feira, 8, a regulamentação da proposta de Reforma Política.

O chamado texto infraconstitucional, elaborado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), trata, entre outros pontos, dos limites para as doações eleitorais. Os deputados alegam que o projeto foi apresentado só ontem à noite e que não houve tempo hábil para estudá-lo e apresentar emendas.

O argumento dos deputados, entre eles o peemedebista Marcelo Castro (PI), é que não foi concluída a votação da parte constitucional da reforma, ou seja, não é possível analisar ainda o projeto infraconstitucional. Eles prometem obstruir a sessão desta tarde se o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), insistir com a pauta.

"Ele está fazendo tudo atropelado. A maioria dos deputados nem leu ainda", disse Castro, que foi o primeiro relator da Reforma Política na comissão especial, mas que foi substituído no plenário por Rodrigo Maia. "O texto trata de muitas coisas, não pode ser votado assim, atropelado", concordou o deputado Orlando Silva (PcdoB-SP).

Projeto

No texto em discussão, o relator estabeleceu, por exemplo, um limite de contribuições que será estabelecido com base nos gastos da eleição anterior à entrada em vigor da lei.

Nas eleições proporcionais e majoritárias de apenas um turno, o teto será de 70% do maior gasto declarado para o cargo em disputa. Quando houver dois turnos, os limite será de 50% no primeiro turno, acrescido de 30% no segundo.

O projeto de regulamentação também coloca teto para as doações de empresas de 2% do faturamento do ano anterior, até o máximo de R$ 20 milhões. Uma empresa não poderá contribuir com mais do que 0,5% do seu faturamento para um mesmo partido, pela redação de Maia.

O relator propôs a redução do prazo das campanhas e a vedação de determinados tipos de propaganda. Segundo Maia, as medidas devem reduzir o custo do processo eleitoral.

Acompanhe tudo sobre:Democratas (DEM)Eduardo CunhaOposição políticaPartidos políticosPolítica no BrasilReforma política

Mais de Brasil

Com sete rios na cota de inundação, Rio Grande do Sul tem 6,5 mil pessoas fora de casa

Santuário Cristo Redentor tem a meta de receber 10 toneladas em campanha do agasalho; veja como doar

Moraes libera visitas a ex-assessor de Bolsonaro preso por tentativa de obstrução de Justiça

SP: Justiça dá cinco dias para prefeitura explicar privatização de escolas