Brasil

Dilma assina hoje plano para incidentes com petróleo

Plano foi elaborado pelo Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente e ANP, com a participação de outros órgãos do governo


	Vazamento de petróleo: ministro Edison Lobão disse que plano será adotado para acidentes em que a ação individualizada do agente não se mostrar suficiente
 (Kari Goodnough/Bloomberg)

Vazamento de petróleo: ministro Edison Lobão disse que plano será adotado para acidentes em que a ação individualizada do agente não se mostrar suficiente (Kari Goodnough/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h32.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou que a presidente Dilma Rousseff vai assinar nesta terça-feira, 22, o decreto que cria o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional. O decreto será publicado na edição de quarta-feira, 23, no Diário Oficial da União.

Segundo o ministro, o plano é uma consequência de leis e decretos que já existem e estabelecem as providências em casos de acidentes de maiores proporções envolvendo petróleo em áreas de jurisdição nacional.

O plano foi elaborado pelo Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente e Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), com a participação de outros órgãos do governo. O ministro disse que o plano será adotado para acidentes em que a ação individualizada do agente não se mostrar suficiente.

Entre as medidas do plano, estão a criação de um operador, da autoridade nacional, do comitê executivo e de um grupo de acompanhamento e avaliação.

Esses órgãos terão participação dos dois ministérios, Ministério dos Transportes, Secretaria Especial de Portos, Marinha, Ibama, Secretaria Nacional de Defesa Civil. No caso de acidentes no mar, o plano será coordenado pela Marinha; em águas interiores, pelo Ibama; e pela ANP, em casos envolvendo estruturas submarinas e equipamentos de perfuração e produção de petróleo.

Segundo Lobão, o grupo de acompanhamento e avaliação previsto no decreto será o responsável pelo acompanhamento de todos os acidentes, independente do porte. Mas o plano somente será acionado em incidentes de poluição de óleo que forem julgados de significância nacional. As prioridades do plano serão a segurança da vida humana, do meio ambiente e das instalações e propriedades. O plano vai exigir do poluidor ações de resposta, limpeza ambiental, resgate da fauna e monitoramento da área atingida, entre outras.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o plano pressupõe a ação coordenada do governo. "Optamos por uma ação coordenada com o objetivo de ampliar a capacidade nacional de resposta e complementar as regulamentações existentes. A função é ampliar capacidade de prevenção e resposta", afirmou. Segundo ela, o plano tem como foco não apenas os incidentes por óleo, mas também as plataformas, navios, portos e terminais de apoio.

Respostas

O ministro afirmou que o país não estava "desassistido" para a ocorrência deste tipo de acidentes. "Já havia regras para resposta a incidentes", completou.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esclareceu que o funcionamento dos comitês de monitoramento em tempo real de áreas de exploração ocorrerá com recursos do orçamento da União, mas destacou que todo o custo de aplicação do plano de contingência em ocorrências de grandes proporções será dos responsáveis pelo incidente.

"A União só assumirá o custo em último caso nas ocorrências de manchas órfãs", completou, citando os casos nos quais os responsáveis pelo óleo não sejam identificados.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilPetróleoPoluiçãoEnergia

Mais de Brasil

Anistia será votada? Bolsonaro terá pena reduzida? Entenda os próximos passos do projeto na Câmara

Governo nunca teve intenção de acabar com CPTM, mas futuro será desenhado, diz presidente da estatal

Atos contra PEC da Blindagem ocorrem em dezenas cidades do país neste domingo

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF