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Dilma critica vazamentos e rebate delação de Delcídio

Dilma afirmou que é "absolutamente subjetiva e insidiosa a fala do senador, se ela foi feita", e considerou descabidos alguns fatos relatados por Delcídio


	Dilma Rousseff durante declaração à imprensa no Palácio do Planalto sobre caso Lula
 (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

Dilma Rousseff durante declaração à imprensa no Palácio do Planalto sobre caso Lula (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 19h18.

A presidente Dilma Rousseff fez, nesta tarde, um pronunciamento em que se disse inconformada e indignada com a notícia de um suposto acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e contestou as informações sobre o que teria dito o parlamentar nos depoimentos.

Dilma afirmou que é "absolutamente subjetiva e insidiosa a fala do senador, se ela foi feita", e considerou descabidos alguns fatos relatados por Delcídio, segundo a revista IstoÉ.

Dilma convocou a imprensa para fazer uma forte defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos alvos da 24ª etapa da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (4).

No pronunciamento, a presidente refirmou o teor de nota publicada na tarde de hoje, manifestando "absoluto inconformismo" com a condução coercitiva do ex-presidente e classificando de "desnecessária" a medida.

Pelo menos três citações da revista IstoÉ sobre o suposto depoimento de Delcídio no âmbito da Lava Jato foram contestadas. Dilma negou ter conversado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, na tentativa de "mudar os rumos" da Lava Jato.

Disse que os esclarecimentos sobre a compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras, em 2014, já foram devidamente prestados, embasados em documentação do Conselho de Administração da Petrobras, e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou o arquivamento da investigação.

A presidente considerou "lamentável" a ocorrência do vazamento ilegal de uma hipotética delação premiada, que, se foi feita, teve como motivo único a tentativa de atingir sua pessoa e seu governo.

"Provavelmente, pelo imoral e mesquinho desejo de vingança e de retaliação de quem não defendeu quem não poderia ser defendido pelos atos que praticou", ressaltou.

Ela disse também não pediu ao senador petista para conversar com juristas antes de indicá-los ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o objetivo de convencê-los a votar a favor do governo.

Dilma declarou ter nomeado três ministros na turma do STJ a que teria se referido o senador, dos quais apenas um votou favoravelmente a seu governo.

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