Brasil

Dilma diz que ajuste fiscal profundo não é necessário

Presidente classificou a proposta como "perigosa" e "extremamente eleitoreira"

Presidente Dilma Rousseff (PT) durante caminhada em Feira de Santana, na Bahia (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

Presidente Dilma Rousseff (PT) durante caminhada em Feira de Santana, na Bahia (Ichiro Guerra/Dilma 13/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 16h11.

A presidente da República e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira que um ajuste fiscal profundo "não é necessário" para o país, classificando a proposta, vocalizada por um dos assessores da candidata Marina Silva (PSB), como "perigosa" e "extremamente eleitoreira".

"Nós não acreditamos em choque fiscal, isso é uma forma incorreta de tratar a questão fiscal no Brasil. O Brasil precisa de uma política fiscal sistemática robusta", afirmou a presidente a jornalistas em Feira de Santana, na Bahia.

"Não é necessário (um ajuste fiscal profundo), o Brasil tem uma das menores dívidas líquidas sobre o Produto interno Bruto: 34 por cento. Todo o resto do mundo, tirando uns seis países, tem dívidas líquidas acima de 100 por cento, ou perto de 100 por cento. Então ficar falando em choque fiscal é uma forma primeiro perigosa e segundo extremamente eleitoreira", disse a petista.

Na quarta-feira, o economista Alexandre Rands, um dos assessores econômicos de Marina, afirmou que o país deverá enfrentar um período de baixo crescimento econômico por causa da necessidade de fazer um "ajuste fiscal grande".

Dilma também falou nesta quinta-feira sobre o programa de Marina, e fez críticas à postura da ex-ministra do Meio Ambiente na disputa eleitoral.

"A candidata tem um modelo de política econômica extremamente conservador e neoliberal. Não só ela pretende atender prioritariamente os bancos... ela já falou em flexibilizar direitos trabalhistas, já falou em reduzir o papel dos bancos públicos", comentou.

"Acontece que a gente responde a fala da candidata, depois quando se responde ela se vitimiza e diz que está sendo atacada, eu não estou atacando a candidata, estou atacando e divirjo do programa da candidata", disparou a presidente.

Acompanhe tudo sobre:Dilma Rousseffeconomia-brasileiraEleiçõesEleições 2014PersonalidadesPolítica fiscalPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Defesa de Collor reitera pedido por prisão domiciliar com atestado de Parkinson e transtorno bipolar

Gilmar Mendes retira pedido e julgamento de Collor segue no plenário virtual

Bolsonaro segue na UTI, 'sem febre ou alterações da pressão', diz boletim médico

Desaceleração no fim de 2024 faz Brasil cair seis posições em ranking global da produção industrial