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Dilma segura Mantega para reforçar 'desenvolvimentismo'

A decisão de manter Mantega no comando da Fazenda é para não comprometer o crescimento econômico com o rigor fiscal

Guido Mantega, ou "Guidinho", como a presidente eleita, Dilma Rousseff, o chama em conversas reservadas (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Guido Mantega, ou "Guidinho", como a presidente eleita, Dilma Rousseff, o chama em conversas reservadas (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 07h46.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, continuará no comando da economia no governo Dilma Rousseff, que toma posse no próximo dia 1º de janeiro. A decisão ainda não foi oficializada pela presidente eleita, mas o convite foi feito durante reunião de quase duas horas que os dois mantiveram anteontem na Granja do Torto. Em conversas reservadas, ele é chamado por Dilma de “Guidinho”.

A rigor, a reunião de ontem já serviu para discutir assuntos da administração econômica e tratar de problemas relacionados com o Orçamento, que está em processo de debate no Congresso. Na prática, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira, quando os dois viajaram para a Cúpula do G-20, em Seul, a decisão de manter Mantega no comando da Fazenda já estava tomada. 

Apesar de a manutenção de Mantega no cargo atender a uma sugestão feita de maneira explícita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o perfil do ministro atende ao interesse de Dilma em reforçar no seu governo o que, nos debates entre economistas, costuma ser rotulado de “postura desenvolvimentista”.

Em síntese isso significa que o rigor fiscal não pode comprometer o crescimento econômico. A ideia é não atentar contra controle da inflação, mas não transformar os apertos fiscais em solução para todos os problemas da administração econômica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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