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Dodge defende investigação sobre ministro do Turismo em 1ª instância

Em um parecer de apenas quatro páginas, Raquel Dodge destacou que o caso não se enquadra no novo entendimento do foro privilegiado

Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, é suspeito de falsidade ideológica (Valter Campanato/Agência Brasil)

Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, é suspeito de falsidade ideológica (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 14h31.

Brasília - Em manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu o prosseguimento da investigação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), em primeira instância, conforme antecipou a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo.

Alvo de investigação da Procuradoria Regional Eleitoral sobre candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais, Álvaro Antônio entrou com uma reclamação para que a apuração seja encaminhada ao STF.

Em um parecer de apenas quatro páginas, Raquel Dodge destacou que o caso não se enquadra no novo entendimento do foro privilegiado. Em maio do ano passado, o STF restringiu o alcance do foro para os crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo.

"Os fatos em análise, mesmo tendo ocorrido durante o mandato de deputado federal do reclamante, são totalmente estranhos ao exercício do mandato, pois envolvem situações exclusivamente de cunho eleitoral, associadas apenas ao pleito eletivo de 2018", destacou Raquel Dodge.

"Assim, não subsiste o foro por prerrogativa de função do Supremo Tribunal Federal para este caso, afastando-se, consequentemente, a atribuição da Procuradora-Geral da República para atuar no feito", completou a procuradora. O relator da reclamação apresentada por Álvaro Antônio é o ministro Luiz Fux.

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