Brasil

Delegacia rastreia internautas de “encoxadas” em trem

Delegacia de Polícia do Metropolitano está rastreando IPs dos computadores de pessoas que incentivam assédio sexual no transporte público


	Metro lotado: páginas vêm atraindo a atenção da polícia, que pretende identificar e prender os responsáveis por criar sites ou publicar neles relatos pessoais de abuso de mulheres
 (Getty Images)

Metro lotado: páginas vêm atraindo a atenção da polícia, que pretende identificar e prender os responsáveis por criar sites ou publicar neles relatos pessoais de abuso de mulheres (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 18h56.

São Paulo - A Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), responsável por investigações no Metrô e nos trens da Grande São Paulo, está rastreando as identidades eletrônicas (IPs) dos computadores de pessoas que administram sites de incentivo ao assédio sexual no transporte público. Recentemente, páginas como "Encoxadores", no Facebook, com mais de 12 mil seguidores, vêm atraindo a atenção da polícia, que pretende identificar e prender os responsáveis por criar os sites ou publicar neles relatos pessoais de abuso de mulheres.

Por meio do levantamento dos IPs, é possível identificar de que lugar o usuário está acessando a rede. Na tarde desta segunda-feira, 17, o universitário Adilton Aquino dos Santos, de 24 anos, foi preso acusado de molestar uma passageira que viajava em um trem da Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Ele foi enquadrado por estupro. A mulher teve o braço imobilizado pelo acusado, que tentou ainda arrancar a calça da vítima. Outros passageiros do trem espancaram o rapaz. As agressões só pararam quando seguranças interferiram. Ao Estado, o jovem confessou o ataque: "Infelizmente, foi um fato. Estava muito apertado (no trem) e eu não aguentei."

Santos afirma que acessava páginas em redes sociais que estimulavam ataques a mulheres dentro da rede de transportes, disse o Delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Divisão Especial de Atendimento ao Turista (Deatur). A vítima, uma supervisora de 30 anos, foi levada à Santa Casa de Misericórdia, onde foi constatada uma luxação no braço.

Ocorrências.

A Delegacia de Polícia do Metropolitano já contabilizou 15 casos semelhantes apenas neste ano. Esta última ocorrência foi a único registrada como estupro - as demais forma classificadas como importunação ofensiva.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEstatais brasileirasEmpresas estataisTransportesmobilidade-urbanaEstuproAssédio sexualtransportes-no-brasilTrensTransporte públicoMetrô de São Paulo

Mais de Brasil

Nem bolsonarista e nem lulista: pesquisa Quaest mostra que eleitor prefere governador independente

Bolsonaro pode ser preso? O que acontece após defesa responder a questionamentos de Moraes

Defesa de Bolsonaro nega ao STF que ele tenha buscado asilo e descumprido obrigações