Brasil

Eleições da Venezuela são bem vistas por governo brasileiro

A avaliação do Planalto é de que o resultado afasta os temores de interferência do governo de Nicolás Maduro nas urnas


	Nicolás Maduro e Dilma Rousseff: presidente Dilma declarou que "respeita o resultado democrático (das eleições)"
 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Nicolás Maduro e Dilma Rousseff: presidente Dilma declarou que "respeita o resultado democrático (das eleições)" (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 17h25.

Brasília - O resultado das eleições na Venezuela, onde a oposição ganhou por larga maioria as cadeiras do Congresso, foi "bem visto" pelo governo brasileiro.

A avaliação do Planalto é de que o resultado afasta os temores de interferência do governo de Nicolás Maduro nas urnas.

Também enfraquece a tese do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, que desejava acionar a cláusula democrática do Mercosul, na reunião do dia 21 de dezembro, no Paraguai, alegando que Maduro estaria perseguindo opositores.

O presidente eleito argentino acusava o governo venezuelano de tolher a liberdade de expressão.

Hoje, a futura chanceler de Macri, Susana Malcorra, em entrevista a uma rádio local, informou que o resultado das eleições em Caracas fez com que o futuro governo argentino revisse seu plano de pedir a suspensão da Venezuela no Mercosul já que a diferença de votos foi significativa e o presidente Maduro reconheceu a derrota.

A presidente Dilma Rousseff, em entrevista no Planalto, ao ser questionada sobre como recebeu a vitória dos oposicionistas na Venezuela, foi lacônica ao dizer apenas que "respeita o resultado democrático (das eleições)".

Diante da insistência se ela pretendia falar com Maduro para prestar solidariedade, a exemplo do que fez o presidente cubano, Raúl Castro, a presidente não respondeu, mas fez um gesto sugerindo que não via sentido em telefonar para o venezuelano.

Na sexta-feira, quando recebeu o presidente eleito Maurício Macri, Dilma chegou a tocar no assunto e o argentino reiterou que iria pedir a saída da Venezuela do bloco.

Na ocasião, Dilma afirmou que este assunto deveria ser tratado apenas depois do resultado das eleições deste domingo, que mostraram uma vitória da oposição.

Agora, o governo brasileiro não vê qualquer motivo sequer o assunto ser levado à discussão pelo bloco. No governo brasileiro o recuo de Macri foi elogiado.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilGoverno DilmaAmérica LatinaVenezuelaNicolás Maduro

Mais de Brasil

Oficial de Justiça tenta notificar Eduardo Bolsonaro, mas é informado que ele está nos EUA

Relator apresenta parecer pela rejeição da PEC da Blindagem em comissão do Senado

Governo de SP vai usar detentos do semiaberto para limpeza de ruas após fortes chuvas e vendaval

Governo dos EUA afirma que dois milhões de imigrantes ilegais já deixaram o país