Brasil

Em 2001, os militares perderam direitos ao apoiar reformas, diz ministro

O general Fernando Azevedo, ministro da Defesa, destacou a disposição das Forças Armadas em colaborar com a reforma da Previdência

Fernando Azevedo: ele enfatizou, no entanto, as peculiaridades da carreira militar, conforme a Constituição Federal (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Fernando Azevedo: ele enfatizou, no entanto, as peculiaridades da carreira militar, conforme a Constituição Federal (Antonio Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 10h17.

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, destacou nesta terça-feira (15) a disposição das Forças Armadas em colaborar com a reforma da Previdência, mas enfatizou as peculiaridades da carreira militar, conforme a Constituição Federal.

"Se é uma reforma constitucional, a Constituição estabelece dois regimes. O Artigo nº 40 e o outro é o [Artigo nº] 201. Um estabelece o Regime Geral da Previdência e o outro, o dos servidores [públicos]. Quanto aos militares, o Artigo nº 142 descreve que lei específica disporá sobre as atividades e quando passa à inatividade", disse Azevedo ao participar de cerimônia de transmissão de cargos na pasta da Defesa.

Azevedo assinalou que os militares já colaboraram com o ajuste fiscal em governos passados. "Participamos sempre do esforço governamental. Assim foi 2001, nós perdemos os direitos adquiridos em prol do país".

Segundo o ministro, "não existe um ministério isolado. Existe um time chamado Brasil".

Perguntado por jornalistas sobre a assinatura do Decreto Presidencial nº 9.685, que flexibiliza a posse de armas, o ministro da Defesa destacou que "foi feito um estudo" antes da elaboração da norma.

Ele também lembrou que o assunto foi tratado em campanha eleitoral e tema dos diversos mandatos do presidente Jair Bolsonaro quando deputado federal pelo Rio de Janeiro. "É uma coisa de campanha. Ele dedicou a vida parlamentar a esse discurso [tema]", assinalou.

Fernando Azevedo acompanhou a cerimônia de transmissão de cargo das chefias do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa.

O tenente-brigadeiro do ar Raul Botelho assumiu a chefia do EMCFA no lugar do almirante de esquadra Ademir Sobrinho. Na Secretaria-Geral, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos substituiu o tenente-brigadeiro do ar Carlos Augusto Amaral Oliveira.

"Neste momento, a Defesa encerrou todas as trocas de funções. Primeiro foram os comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército. Agora, o Estado-Maior e a Secretaria-Geral. A Defesa fechou o pacote, agora é partir para a frente", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:Ministério da DefesaExércitoReforma da PrevidênciaGoverno Bolsonaro

Mais de Brasil

'As condições são inaceitáveis', diz Padilha ao desistir de viagem aos EUA após restrições de Trump

STF julga cálculo da aposentadoria por invalidez e pode redefinir impacto da reforma da Previdência

Reforma tributária: Senado deve votar última fase do projeto regulatório na próxima semana

Previsão do tempo: fim de semana em São Paulo deve ter calor intenso e chuvas isoladas