Brasil

Em declaração, Unasul condena interceptação de comunicações

Ministros ressaltam necessidade de elaborar uma agenda conjunta sobre o desenvolvimento tecnológico


	Encontro da Unasul: países sul-americanos se reúnem para aprovar declaração na qual rechaçam interceptação de comunicações sem consentimento
 (Jorge Bernal/AFP)

Encontro da Unasul: países sul-americanos se reúnem para aprovar declaração na qual rechaçam interceptação de comunicações sem consentimento (Jorge Bernal/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 17h09.

Brasília – Representantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que reúne 12 países (sendo que o Paraguai está suspenso do grupo há 14 meses), aprovaram uma declaração conjunta em que rechaçam a interceptação de comunicações sem consentimento das autoridades de cada país.

O documento é uma resposta coletiva às denúncias de que as agências dos Estados Unidos monitoraram cidadãos dentro e fora do país. A declaração conjunta foi assinada durante a terceira reunião de ministros das Comunicações, em Lima, no Peru.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, participou das reuniões e apoiou o documento. A Agência Brasil teve acesso a uma cópia da declaração, assinada no último dia 9. O texto condena "qualquer ação de interceptação" das comunicações sem a autorização das autoridades competentes. A declaração reúne 19 pontos.

No item 8, o documento diz: "Constitui uma violação da soberania das nações, do princípio de não intervenção em assuntos internos dos Estados [países] estabelecidos na Carta das Nações Unidas, dos tratados e convênios internacionais, dos direitos humanos e fundamentais e do direito da privacidade dos cidadãos".

A reunião, em Lima, fez parte do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan). Participaram das reuniões os ministros do Peru, da Bolívia, do Brasil, da Guiana, do Uruguai, da Venezuela, assim como representantes da Colômbia, do Equador, Chile e da Argentina.

No item 10, os ministros das Comunicações ressaltam “a necessidade de elaborar uma agenda conjunta sobre o desenvolvimento tecnológico” para “reduzir a vulnerabilidade das comunicações”. O item 11 complementa: “Reconhecemos a importância de fortalecer o diálogo sobre a privacidade e a segurança cibernética no âmbito da Unasul e nos organismos multilaterais de telecomunicações”.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaComunicaçãoEstados Unidos (EUA)Países ricosTecnologia da informaçãoUnasul

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil