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Em encontro do PSDB, Aécio critica discurso de petistas

Na noite de ontem, Dilma chamou os adversários de pessimistas, "caras de pau" e disse que ninguém cobra mais resultados do seu governo do que ela mesma


	Aécio Neves: "Infelizmente acho que o PT protagonizou não uma festa, um evento partidário, mas assistimos ali a um partido à beira de uma crise de nervos"
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Aécio Neves: "Infelizmente acho que o PT protagonizou não uma festa, um evento partidário, mas assistimos ali a um partido à beira de uma crise de nervos" (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 14h29.

Brasília - O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu nesta terça-feira, 11, as declarações de integrantes da cúpula do PT e da presidente Dilma Rousseff realizadas nas comemorações do aniversário de 34 do PT, em São Paulo na noite de ontem.

"Assistimos ali, de forma patética, a uma sucessão de neologismos absolutamente desencontrados que remontam aos mais gloriosos tempos dos aloprados", afirmou o tucano após encontro da Executiva Nacional do PSDB em Brasília.

"Infelizmente acho que o PT protagonizou não uma festa, um evento partidário, mas assistimos ali a um partido à beira de uma crise de nervos", emendou Aécio Neves.

Na noite de ontem, Dilma chamou os adversários de pessimistas, "caras de pau" e disse que ninguém cobra mais resultados do seu governo do que ela mesma. Por sua vez, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez as críticas mais duras aos prováveis adversários da presidente na eleição deste ano. Sem citar nomes, Falcão criou dois termos para se referir a eles: "neopassadista" e "novovelhista".

"É lamentável que o presidente de um partido que está no governo redija uma documento de sete laudas e não dê uma palavra em relação à gravíssima crise de energia, sobre os direitos trabalhistas dos médicos cubanos ou em relação ao estado de calamidade que tomou conta da Petrobras, ou sobre a crise de confiança que se abateu sobre o País", disse Aécio.

Questionado sobre a situação do deputado e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), o senador disse que o tema não foi discutido no encontro de hoje.

"Não discutimos porque essa não é uma questão da Executiva Nacional. Vamos aguardar o julgamento. Não é uma questão que envolve o partido. Não tem ninguém do partido envolvido nessa questão. É respeitar a decisão do STF", afirmou.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação de Azeredo a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro na ação penal do mensalão mineiro - que tramita no Supremo Tribunal Federal.

No encontro de hoje, integrantes da cúpula do PSDB aprovaram uma resolução que concede à Executiva Nacional a última palavra em relação às alianças estaduais que deverão disputar o próximo pleito.

"É uma medida preventiva. É um sinal claro: o PSDB tem uma prioridade hoje que supera todas as outras que é eleger o próximo presidente da República", afirmou o senador provável candidato à Presidência. "Não vamos admitir que localmente quadros do PSDB de alguma forma apoiem a candidatura de outro partido", acrescentou.

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