Brasil

Em Harvard, Raquel Dodge defende prisão em 2ª instância

Procuradora-geral disse que a autoria de crimes é avaliada apenas até o nível dos tribunais, fazendo com que prisões não afetem a presunção de inocência

Raquel Dodge: "Uma vez comprovada essa culpa, é necessário garantir a certeza de punição" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Raquel Dodge: "Uma vez comprovada essa culpa, é necessário garantir a certeza de punição" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 16 de abril de 2018 às 19h24.

Em palestra nesta segunda-feira (16) no Simpósio da Associação Brasileira de Direito de Harvard, na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, voltou a defender a execução da pena após decisão de segunda instância e a aplicação da lei a todos, como forma de combater a impunidade no Brasil.

A procuradora-geral explicou que no Judiciário brasileiro a autoria do crime é examinada apenas até a segunda instância e que portanto, na sua avaliação, o cumprimento da sentença condenatória não resulta em violação da presunção de inocência.

"Aumentar a velocidade na investigação sem diminuir a qualidade da prova, apresentar ao Judiciário uma prova produzida sem ofensa a nenhum valor constitucional, não adiantar a culpa do réu. Tudo isso é um desafio para o trabalho do Ministério Público Federal. Mas uma vez comprovada essa culpa, é necessário garantir a certeza de punição", defendeu Dodge.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaPrisõesRaquel Dodge

Mais de Brasil

Reforma administrativa: veja os principais pontos dos projetos que atingem servidores

Brasil cobra libertação imediata de brasileiros detidos por Israel em flotilha humanitária

Ministro da Saúde recomenda evitar destilados sem 'absoluta certeza' da origem

Intoxicação por metanol: Polícia de SP prende duas mulheres com uísque falsificado em Dobrada (SP)