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Entenda o que senadores brasileiros foram fazer na Venezuela

Comitiva era formada por líderes da oposição como o senador Aécio Neves (PSDB). Afinal, o que eles foram fazer lá, e o que deu errado com a visita?

EXAME.com (EXAME.com)

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Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 19 de junho de 2015 às 11h04.

São Paulo – A viagem de uma comitiva de senadores brasileiros à Venezuela, ocorrida na tarde de ontem, acabou em mal-estar diplomático, com direito a nota do Itamaraty pedindo esclarecimentos ao governo venezuelano. Na linguagem da diplomacia, isso é mais grave do que parece.

Mas, afinal, o que os senadores brasileiros foram fazer lá, e o que deu errado com a visita?

Liderada pelos tucanos Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP), a comitiva tinha o objetivo de visitar o líder opositor venezuelano Leopoldo López, detido há mais de um ano na prisão militar de Ramo Verde. Os senadores também pretendiam ver de perto como está a situação política do país, que vive um momento de profunda instabilidade política.

Porém, o grupo brasileiro não conseguiu chegar à prisão onde está López. Segundo relatos dos próprios parlamentares, o caminho entre o aeroporto e o local da visita estava bloqueado, e o ônibus que levaria os senadores chegou a ser apedrejado por manifestantes favoráveis ao governo de Nicolás Maduro.

A comitiva era formada por parlamentares de oposição ao governo Dilma. Além dos líderes tucanos estavam também Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Sérgio Petecão (PSD-AC), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), José Medeiros (PPS-MT), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e José Agripino (DEM-RN).

Após as hostilidades, o grupo de senadores decidiu voltar para o Brasil sem concluir a visita.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o fracasso da comitiva foi motivo de deboche do vice-presidente venezuelano Jorge Arreaza. "Se os senadores estão aqui, é porque não têm muito trabalho por lá [no Brasil]. Assim, umas horas a mais ou a menos, dá no mesmo", teria dito em mensagem enviada para a mulher do opositor Leopoldo López.

No lado brasileiro, o episódio gerou críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do Ministério das Relações Exteriores.

Em texto aprovado pela presidente Dilma Rousseff, o Itamaraty afirmou que “são inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros”. O órgão diz ainda que “solicitará ao governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido”.

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