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“Espero que tudo seja esclarecido”, diz Pezão sobre Cabral

Ele se pronunciou sobre o assunto dez horas depois de Cabral ser levado de sua residência para a Polícia Federal

Pezão: Cabral renunciou ao cargo em abril de 2014 em benefício de Pezão (Tomaz Silva/Agência Brasil/Agência Brasil)

Pezão: Cabral renunciou ao cargo em abril de 2014 em benefício de Pezão (Tomaz Silva/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 18h30.

Rio, 17 - Aliado do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) emitiu nota sucinta sobre sua prisão: "Espero que tudo seja esclarecido, a partir da garantia do amplo direito de defesa".

Ele se pronunciou sobre o assunto dez horas depois de Cabral ser levado de sua residência, no Leblon, zona sul do Rio, para a Polícia Federal, no centro, de onde saiu agora há pouco.

Cabral é acusado de chefiar esquema de propina que rendeu pelo menos R$ 224 milhões de 2007 a 2014.

Cabral renunciou ao cargo em abril de 2014 em benefício de Pezão. Desde então, ele vem lidando com uma crise financeira grave no Estado: o déficit é de R$ 17,5 bilhões.

Na decisão em que pede a detenção de Cabral e outros nove investigados, o juiz Sérgio Moro relaciona a corrupção protagonizada por Cabral à crise: "Constituiria afronta permitir que os investigados persistissem fruindo em liberdade do produto milionário de seus crimes, inclusive com aquisição, mediante condutas de ocultação e dissimulação, de novo patrimônio, parte em bens de luxo, enquanto, por conta de gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele Estado tamanhos sacrifícios, com aumentos de tributos e corte de salários e de investimentos públicos e sociais. Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres".

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