Brasil

Estado de SP já manda 75% do lixo para aterros privados

Número de municípios que optaram por encerrar seus próprios depósitos e enviar lixo para aterros privados subiu de 63 em 2004 para 216 este ano, segundo Cetesb


	Caminhão descarrega lixo em aterro: a partir de agosto deste ano, só poderá ser efetuada disposição final do lixo em aterros considerados adequados
 (Getty Images)

Caminhão descarrega lixo em aterro: a partir de agosto deste ano, só poderá ser efetuada disposição final do lixo em aterros considerados adequados (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 15h33.

Sorocaba - Das 27 mil toneladas de lixo domiciliar produzidas por dia no estado de São Paulo, 75% têm como destino final aterros sanitários particulares.

O número de municípios que optaram por encerrar seus próprios depósitos e enviar o lixo para aterros privados subiu de 63 em 2004 para 216 este ano, segundo dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Para o órgão, essa migração está relacionada à proximidade do fim do prazo dado aos municípios para se adequarem às metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos que prevê o fim dos lixões. A partir de agosto deste ano, só poderá ser efetuada a disposição final do lixo em aterros considerados adequados.

No estado, as regiões metropolitanas, como a de São Paulo e Campinas, têm o maior número de municípios destinando resíduos a aterros particulares.

De acordo com a Cetesb, isso ocorre principalmente em razão da escassez de áreas adequadas para a instalação do aterro público. Em 2012, existiam 21 aterros sanitários privados em operação no Estado. Novos empreendimentos estão em fase de instalação.

O aterro privado de Iperó, que atende oito cidades da região, inclusive Sorocaba, iniciou a segunda fase de operação, ampliando a capacidade para mil toneladas por dia. A mesma empresa obteve licença ambiental prévia para construir um aterro em Araçariguama, para atendimento regional.

De acordo com a Cetesb, o último índice que avalia a qualidade dos depósitos de resíduos (IQR), levantado em 2012, apontou 54 dos 645 municípios paulistas depositando lixo em locais inadequados.

Desses, todos utilizavam à época aterros públicos. Entre as cidades com depósitos inadequados e que, numa escala de zero a dez, receberam nota abaixo de 3,0, ou seja, mantinham lixões a céu aberto, estavam Presidente Epitácio (2,9), Presidente Prudente (2,7), Miguelópolis (2,7), Nova Aliança (2,6), Ubarana (2,6), José Bonifácio (2,6), Peruíbe (2,5) e Arandu (2,2).

A Cetesb informou que um novo IQR com dados referentes a 2013 deve ser divulgado em maio deste ano.

De acordo com a agência ambiental, as ações relativas ao licenciamento e fiscalização dos depósitos não fazem distinção entre empreendimentos públicos e privados. Os municípios recebem apoio e orientação técnica para a gestão dos resíduos sólidos.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasLegislaçãoLixo

Mais de Brasil

Anvisa regulamenta produção em escala de antídoto contra intoxicação por metanol

Governo confirma 113 registros de intoxicação por metanol após ingestão de bebida em seis estados

Reúso e lavagem de garrafas com metanol são foco de investigação da Polícia Civil em SP

Outro surto no passado: 35 pessoas morreram na Bahia por bebida adulterada por metanol em 1999