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EUA: Brasil tem solidez para enfrentar fluxo de capitais

Segundo o Tesouro norte-americano, aceitação brasileira na valorização do real o deixa em vantagem na comparação com outros emergentes

Lael Brainard, funcionário do Tesouro dos EUA, disse que resistência à valorização das moedas nos emergentes acelerou o fluxo de capital para o Brasil (Maurício Lima/AFP)

Lael Brainard, funcionário do Tesouro dos EUA, disse que resistência à valorização das moedas nos emergentes acelerou o fluxo de capital para o Brasil (Maurício Lima/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2010 às 14h44.

Washington - O Brasil tem a solidez macroeconômica necessária para enfrentar o enorme fluxo de capitais que recebe como consequência da resistência de outros países emergentes em valorizar suas moedas, considerou neste sexta-feira Lael Brainard, funcionário do Tesouro americano.

O controle dos fluxos de capitais nas atuais circunstâncias "não é uma tarefa fácil", mas o Brasil conseguiu isso com "as políticas sensatas e a solidez macroeconômica que exibiu", ressaltou Brainard, subsecretário para assuntos internacionais do Tesouro, durante um evento sobre o Brasil na Câmara de Comércio americana.

O ministro das Finanças do Brasil, Guido Mantega, falou de uma "guerra cambial" ao descrever o problema gerado pelos desequilíbrios do crescimento mundial, que fez com que moedas de países emergentes, como o Brasil, fossem valorizadas diante de uma avalanche de investimentos estrangeiros.

"Os esforços para resistir à valorização das moedas em alguns mercados emergentes acelerou o fluxo de capital para o Brasil", cujas autoridades manifestaram "a dificuldade" de manter uma taxa de câmbio flexível nestas circunstâncias, disse Brainard.

Brainard afirmou que esta situação "requer ações complementares de outros mercados emergentes para que seja assegurado um crescimento balanceado, forte e sustentado".

Durante o evento, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que na chamada "guerra cambial", seu país "está fazendo a sua parte muito bem", com uma série de ações "para manter a economia equilibrada".

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