Brasil

'Extrema-direita não voltará a governar esse país', diz Lula sobre eleições de 2026

Presidente também afirmou que depende de 'mapeamento do Brasil' para a definição de candidatos que disputarão o Senado, mas recuou ao ser questionado sobre possibilidade de Haddad se candidatar

Lula: presidente brasileiro participou de entrevista coletiva neste sábado em Paris  (Ricardo Stuckert / PR/ Flickr/Divulgação)

Lula: presidente brasileiro participou de entrevista coletiva neste sábado em Paris (Ricardo Stuckert / PR/ Flickr/Divulgação)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 7 de junho de 2025 às 17h53.

Tudo sobreGoverno Lula
Saiba mais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que "a extrema-direita não voltará a governar o Brasil" ao ser questionado sobre a disputa eleitoral de 2026.

A declaração foi feita em uma entrevista coletiva neste sábado em Paris. Na ocasião, ele também respondeu sobre a estratégia do governo para privilegiar a escolha de candidatos ao Senado, mas recuou ao ser perguntado sobre a possibilidade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concorrer.

— Eles [integrantes da oposição] querem eleger senadores, eu também quero. Eles querem eleger governadores, eu também quero. Eles querem eleger deputados, eu também quero. É mesmo direito de todo mundo querer se eleger. O que eu posso te dizer é que a extrema-direita não voltará a governar esse país, sobretudo com discurso negacionista e mentiroso. Muitas vezes é até canalha, sem respeitar pessoas, movimentos sociais, mulheres, negros e indígenas. Não vão ganhar — disse Lula.

O presidente também comentou as escolhas de candidatos que concorrerão ao Senado, que poderá ter dois terços das cadeiras renovados no ano que vem, mas disse que ainda depende de um "mapeamento do Brasil" para a definição dos nomes. Ao ser questionado sobre o papel a ser assumido por Haddad no próximo pleito, Lula desconversou. O ministro, no entanto, negou, em entrevista ao GLOBO, a intenção de se candidatar e afirmou que comunicou sua decisão à direção do PT "com bastante antecedência".

— Você acha que eu seria louco de responder isso agora? — brincou Lula. — Quando chegar o ano que vem, eu vou começar a discutir candidaturas. Eu não sei quem é melhor em que lugar. Nós temos que fazer o mapeamento do Brasil, ver a realidade.

Convocação de Trump para COP-30

Durante a coletiva, Lula também disse que se Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, não confirmar sua presença na COP30, ele telefonará "pessoalmente" para convencê-lo. Isso porque, em abril, o país anunciou o fechamento do escritório que comandava a diplomacia climática do país, acenando com a possibilidade de uma ausência cúpula prevista para acontecer Belém, capital do Pará, em novembro — afirmou Lula.

— Vamos fazer uma reunião separada de chefes de Estado dois dias antes de aprofundar o debate. Se Trump não confirmar que vem, vou ligar pessoalmente e dizer: a COP está aqui no Brasil. Vamos discutir este assunto — ele respondeu.

Após o encontro com jornalistas, o presidente embarcou rumo a Nice, no Sul da França, onde participará na segunda-feira da Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaGoverno LulaFrança

Mais de Brasil

Colômbia: Terremoto de magnitude 6,5 atinge Bogotá

Após maior leilão de mídia aeroportuária da história, Aena quer licitar 400 lojas em aeroportos

Moraes manda Ministério da Justiça formalizar pedido de extradição de Zambelli

Projeto que anula aumento do IOF deve ser pautado na terça, diz Hugo Motta