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Falso atentado contra ex-prefeito de Taboão da Serra: cinco suspeitos denunciados pelo MP

Denúncia do Ministério Público acusa grupo de planejar falso atentado com objetivo de beneficiar candidatura de José Aprígio

 Ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio, foi alvo de falso atentado planejado para impulsionar sua candidatura (Redes Sociais/Divulgação)

Ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio, foi alvo de falso atentado planejado para impulsionar sua candidatura (Redes Sociais/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 27 de março de 2025 às 10h39.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou cinco suspeitos pelo planejamento e execução de um falso atentado contra o ex-prefeito e então candidato à reeleição de Taboão da Serra, José Aprígio (Podemos). O incidente, ocorrido em outubro do ano passado, envolveu quatro tentativas de homicídios com dolo eventual, incêndio e adulteração de sinal identificador de veículo. O atentado foi planejado com o objetivo de criar um "fato político" para alavancar a candidatura de Aprígio, que estava em baixa durante a campanha.

Em 18 de outubro, José Aprígio foi atingido por disparos de fuzil no braço e na clavícula enquanto retornava de um compromisso de campanha, a bordo de um carro blindado. Naquele momento, o ex-prefeito disputava o segundo turno das eleições municipais contra o Engenheiro Daniel (União), que acabou vencendo a eleição.
De acordo com a denúncia, o crime foi encomendado por pessoas ligadas ao grupo político de José Aprígio, com a intenção de gerar comoção e impulsionar sua imagem durante a campanha. A Promotoria aponta que o grupo agiu "como mercenários e matadores de aluguel", e descreve o crime como sendo cometido por motivo torpe, visando um objetivo político.

Os envolvidos no crime

Os executores do atentado foram identificados como Gilmar de Jesus Santos, Odair Junior de Santana e Jefferson Ferreira de Souza, enquanto Anderson da Silva Moura e Clóvis Reis de Oliveira atuaram como intermediários. O grupo teria se reunido no dia 16 de outubro para planejar os detalhes do crime, inclusive a divisão de R$ 500 mil que seria paga pela execução do atentado.
Anderson, que está preso e firmou acordo de colaboração com as autoridades, teria comprado um fuzil por R$ 85 mil e entregado a Odair, que adquiriu um carro por R$ 15 mil para ser usado no atentado. Após a execução, o veículo deveria ser incendiado. Jefferson ficou responsável pela fuga da dupla.

Consequências e investigações em andamento

Apesar de ser atingido pelos disparos, José Aprígio não correu risco de morte, graças ao rápido atendimento médico recebido. A Promotoria afirma que os criminosos não se importaram com a possibilidade de que o ex-prefeito ou outros ocupantes do veículo pudessem morrer. Além disso, as investigações continuam para identificar os mandantes do atentado, e recentemente Valdemar Aprígio, irmão do ex-prefeito, foi preso. Também estão sendo investigados os ex-secretários José Vanderlei Santos (Transportes) e Ricardo Rezende Garcia (Obras).
No momento da apreensão na casa do ex-prefeito, foram encontrados seis armas, munição, celulares, computadores e pen drives, além de R$ 320 mil em espécie, que José Aprígio afirmou ter declarado em seu Imposto de Renda.

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