Agência de notícias
Publicado em 7 de outubro de 2025 às 11h17.
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve aprovar nesta terça-feira uma resolução que restringe a modalidade de saque-aniversário.
As mudanças afetam as antecipações nessa modalidade, no mês de aniversário, na forma de empréstimos bancários.
Somente será permitido duas operações ativas por ano e, além disso, o valor a ser antecipado ficará limitado a até R$ 500.
Atualmente, não existe esse tipo de restrição. Os cotistas podem antecipar vários saques e em valores que o saldo da conta vinculada ao FGTS comportar.
A cada operação desse tipo, o montante antecipado fica bloqueado na conta para pagamento das parcelas do empréstimo aos bancos credores.
A medida atende pleito do setor da construção civil e foi encampada pelo Ministério do Trabalho. Recursos do FGTS são usados para financiar crédito imobiliário.
Aprovada no primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a lei que criou o saque-aniversário fixou uma carência de 24 meses para quem aderiu à modalidade poder voltar ao saque em caso de rescisão.
É esse dinheiro que está travado, em caso de demissão, que o governo pretende liberar.
O saque-aniversário permite ao trabalhador fazer uma retirada anual do Fundo no seu mês de nascimento.
Mas, em contrapartida, ele não pode sacar todo o saldo remanescente em caso de demissão sem justa causa — como é o caso dos trabalhadores que não aderiram à modalidade.
Segundo dados oficiais do FGTS, o saque-aniversário injetou na economia R$ 75 bilhões entre 2019, quando a modalidade foi criada, até 2025.
Foram realizadas 135,9 milhões de operações.
Já as antecipações de saque-aniversário alcançaram R$ 102,9 bilhões em 334 milhões de operações.