Brasil

Forças Armadas se preparam para novas ações no Rio

Segundo Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste, a previsão é que haja ações estratégicas e pontuais em vez de patrulhamento ostensivo

Rio de Janeiro: a primeira fase das operações foi de reconhecimento (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro: a primeira fase das operações foi de reconhecimento (Tomaz Silva/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 18h07.

A população carioca notou hoje (3) a ausência de tropas das Forças Armadas nas ruas do Rio de Janeiro, ao contrário da presença maciça verificada na semana passada, quando foram iniciadas as operações.

Segundo o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, a ausência é um prenúncio de uma nova operação para "golpear o crime organizado em sua estrutura".

Segundo Itamar, a previsão é que haja ações estratégicas e pontuais dos militares, em vez de patrulhamento ostensivo, como ocorreu durante a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

"Esta operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), no contexto do Plano Nacional de Segurança Pública, obedece à diretriz ministerial que prevê várias ações pontuais e localizadas ao longo deste ano e do ano que vem. A missão dada não é de patrulhamento ostensivo. Ela é de ações que serão realizadas de aqui até o final do ano que vem", explicou Itamar.

Segundo ele, a primeira fase das operações foi de reconhecimento, realizada no fim de semana, e que se prolongou durante cinco dias.

Após este reconhecimento inicial, segundo Itamar, as tropas estão nos quartéis se preparando para a segunda fase.

"Não é para ver tropa nas ruas porque não é para ter mesmo. Não é um patrulhamento ostensivo, como foi empregado anteriormente. Na Copa e nos Jogos Olímpicos, o objetivo era dar sensação de segurança às pessoas. Então era um patrulhamento ostensivo."

O coronel ressaltou que o Plano Nacional de Segurança Pública visa a resolver o problema da criminalidade no país e no Rio de Janeiro, o que não se atinge apenas com patrulhamento ostensivo, quando há presença permanente de efetivo em locais públicos.

"O objetivo agora é golpear o crime na sua estrutura, na sua cadeia de suprimentos, na sua organização, no seu armamento. Este é o objetivo agora. Não é apenas transmitir segurança à população. A população claro que se sente mais protegida com a presença das tropas nas ruas, mas isto não resolve o problema", disse.

Acompanhe tudo sobre:Estados brasileirosGoverno TemerRio de JaneiroSegurança pública

Mais de Brasil

Favela do Moinho: Governos Lula e Tarcísio fecham acordo para oferecer casas para moradores

Como solicitar alvará para pequenos negócios? Entenda dispensa para MEIs

Governo reduz tempo de permanência no Bolsa Família em casos de aumento de renda

Apoio psicológico e 'dia da cegonha': febre 'reborn' mobiliza projetos de lei pelo país