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Freixo faz mea-culpa sobre black blocs

Freixo afirmou que não era "juiz" para avaliar os métodos dos black blocs, e agora Crivella está usando esta fala em sua campanha contra o adversário

Marcelo Freixo: "nunca fui conivente com violência, porque não acredito na violência" (Divulgação/Facebook/Site Exame)

Marcelo Freixo: "nunca fui conivente com violência, porque não acredito na violência" (Divulgação/Facebook/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 07h42.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 14h55.

Rio de Janeiro - O candidato à prefeitura do Rio pelo PSOL, Marcelo Freixo, afirmou ontem que deveria ter sido "enfático" ao condenar a tática de violência adotada por grupos de manifestantes como os black blocs.

Ele se referiu a uma fala dele, que vem sendo reproduzida pela campanha de seu adversário, Marcelo Crivella (PRB), durante as manifestações de 2013, em que diz não ser "juiz para ficar avaliando os métodos em si".

A campanha do PRB tem acusado Freixo de ligação com esses grupos e recorreu até à morte do cinegrafista Santiago Andrade, que em 2014 foi atingido por um rojão disparado por dois manifestantes.

"Vou ser conivente com a violência? Não, porque nunca fui. Nenhum protesto tem que cometer crime. Nunca fui conivente com violência, porque não acredito na violência. Não é eficiente para ganhar nada", disse, em sabatina realizada por jornalistas de O Globo.

"Eu poderia ter sido enfático (ao reprovar os black blocs). Mas a repressão (policial) estava forte, havia uma tentativa de esvaziar os protestos. Muitas narrativas foram feitas da condenação do movimento a partir da violência. Eu não queria ser usado para dizer que todos os movimentos eram ruins. Havia uma disputa de narrativa. Não queria condenar todos os movimentos."

Segundo Freixo, a violência do Estado, que "estava despreparado" para enfrentar as manifestações, e a dos black blocs atrapalhou a mobilização "legítima" da população.

'Manipulação'

Ainda de acordo com o candidato, o autor da entrevista com Freixo está processando Crivella por usar o vídeo na campanha. Ele havia sido questionado se os black blocs deveriam ser expulsos de uma passeata de professores e sua resposta não dizia respeito ao quebra-quebra na Assembleia Legislativa, como mostram as imagens veiculadas nas inserções de Crivella. "É uma manipulação. Meu adversário é mestre em fazer isso."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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