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Funaro sai da Papuda e volta para a superintendência da PF

O corretor deve permanecer na PF para facilitar a logística dos possíveis depoimentos que irá prestar no âmbito de seu acordo de colaboração premiada

Lucio Funaro: o corretor vem prestando depoimento no âmbito das operações Sépsis (Alexandre Schneider/VEJA)

Lucio Funaro: o corretor vem prestando depoimento no âmbito das operações Sépsis (Alexandre Schneider/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 16h13.

Brasília - O corretor Lucio Bolonha Funaro deixou o complexo penitenciário da Papuda e voltou para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

A transferência foi solicitada pelo Ministério Público Federal na última quinta-feira, 17, e autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, para o período que vai de hoje até a sexta-feira, 25.

Em negociação do seu acordo de colaboração premiada, Funaro deve permanecer na PF para facilitar a logística dos possíveis depoimentos que irá prestar no âmbito de seu acordo.

Parceiro do ex-deputado Eduardo Cunha, Funaro já vem prestando depoimento no âmbito das operações Sépsis, na qual o corretor foi preso em 1º de julho de 2016, e na Cui Bono?.

Um dos depoimentos foi utilizado na denúncia oferecida pelos procuradores Anselmo Cordeio Lopes e Sara Moreira contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima por obstrução de Justiça.

Só do Grupo J&F, segundo planilha entregue por Joesley Batista em sua delação, Funaro recebeu cerca de R$ 170 milhões nos últimos 12 anos.

À Lava Jato, o corretor promete explicar quais políticos participaram dos esquemas que resultaram nesses pagamentos e qual seria a participação do presidente Michel Temer nessas negociatas.

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