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Gleisi promete liberar recursos até segunda após Tornado no Paraná

Ministra sobrevoou cidades atingidas, confirmou reconhecimento imediato de calamidade e disse que governo prepara ações emergenciais de reconstrução

Publicado em 8 de novembro de 2025 às 17h21.

Última atualização em 8 de novembro de 2025 às 17h25.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou neste sábado, 8, que o governo federal reconheceu de imediato a situação de calamidade pública nas cidades paranaenses atingidas pelo tornado que devastou o interior do estado na sexta-feira, 7. O fenômeno deixou ao menos seis mortos e mais de 400 feridos.

Durante sobrevoo às áreas mais afetadas, Gleisi disse que o objetivo do governo é “juntar forças” para reconstruir a região, com apoio da Defesa Civil e dos ministérios da Integração, Desenvolvimento Regional e Saúde. Segundo ela, a liberação de recursos deve ocorrer até segunda-feira, 10.

"O governo quer juntar forças para ajudar o Paraná, desde a reconstrução mais imediata, alimentação e itens de higiene pessoal, até o planejamento para a reconstrução da cidade", afirmou a ministra.

Ação emergencial no Paraná

A visita da ministra ocorreu um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar o envio de uma equipe federal ao Paraná, coordenada por Gleisi e composta por representantes dos ministérios da Integração, da Saúde e da Defesa Civil Nacional. Técnicos especializados em ajuda humanitária e reconstrução já estão nas cidades de Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, epicentros da tragédia.

O reconhecimento formal da calamidade pública permite a liberação imediata de recursos da União para ações de socorro, abrigo e reconstrução, sem necessidade de trâmites burocráticos. Com isso, os municípios atingidos podem receber verbas para obras emergenciais, aquisição de alimentos, produtos de higiene e assistência a famílias desabrigadas.

Em publicação na rede X, Lula manifestou solidariedade às famílias das vítimas e afirmou que o governo prestará “todo o auxílio necessário” para reconstruir as cidades.

“Quero expressar meu profundo sentimento a todas as famílias que perderam seus entes queridos no tornado em Rio Bonito do Iguaçu e em Guarapuava, no Paraná. E prestar minha solidariedade a todas as pessoas que foram afetadas”, escreveu o presidente.

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional informou que técnicos da Defesa Civil Nacional e integrantes da Força Nacional do SUS foram mobilizados para atuar junto às autoridades locais. O pedido de reconhecimento da calamidade foi feito ainda na noite de sexta-feira e validado neste sábado.

O Ministério do Desenvolvimento Social também enviou equipes ao estado. O ministro Wellington Dias afirmou que o governo está atuando em conjunto com autoridades locais para garantir ajuda humanitária imediata, incluindo cestas de alimentos, abrigos e apoio psicológico.

Mais de 1.000 pessoas desalojadas

Segundo o governo do Paraná, o tornado provocou a morte de seis pessoas e deixou ao menos 1.000 desalojadas e 28 desabrigadas em Rio Bonito do Iguaçu, principal cidade afetada pelo tornado.

O fenômeno, que atingiu cerca de 90% das residências e prédios comerciais do município, destruiu casas, derrubou árvores e tombou veículos e caminhões. Imagens registradas por moradores mostram bairros inteiros arrasados, com linhas de energia rompidas e o fornecimento de água interrompido em parte da cidade.

De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, o governo estadual, em parceria com municípios vizinhos, prepara abrigos emergenciais para as famílias que ficaram sem moradia. O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou estado de calamidade pública e também luto oficial de três dias em todo o estado.

O governador afirmou que as equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e outros órgãos estaduais foram mobilizadas desde os primeiros relatos de destruição. As buscas na área urbana foram encerradas, e não há registros de desaparecidos. O governo informou ainda que as ações agora se concentram no restabelecimento de água e luz, além da distribuição de alimentos e água potável.

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