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Governador do Paraná diz que reação da polícia foi "natural"

Beto Richa (PSDB) disse que não dá para tolerar a ameaça de invasão à Assembleia Legislativa do Paraná e disse que "houve uma reação natural" dos policiais

Beto Richa, governador do Paraná: Richa disse que pediu serenidade, equilíbrio e discernimento aos professores (Antônio Costa/ANPr/Divulgação)

Beto Richa, governador do Paraná: Richa disse que pediu serenidade, equilíbrio e discernimento aos professores (Antônio Costa/ANPr/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2015 às 16h49.

São Paulo - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 30, em entrevista à Rádio Estadão, que não dá para tolerar a ameaça permanente de invasão à Assembleia Legislativa do Estado, numa referência ao confronto desta quarta-feira, 29, entre manifestantes, em sua maioria professores em greve, e policiais, que deixou mais de 200 pessoas feridas.

Richa disse que não havia justificativa para a greve dos professores, argumentando que foi "o governador que concedeu o maior aumento salarial para os professores na história do Paraná".

Segundo Richa, houve 60% de aumento nos últimos quatro anos, além de ampliação em 75% a reivindicada hora/atividade e concessão de outros benefícios.

Richa disse que pediu serenidade, equilíbrio e discernimento aos professores, mas eles foram inflamados pelo sindicato.

"Agora tem um sindicato, mais ou menos parecido com o sindicato de São Paulo, que tem uma orientação ideológica/partidária, que era o tempo todo de confronto e desgaste político do governante."

O governador também apontou infiltração de black blocs. "O pior são os movimentos radicais infiltrados nas manifestações, ontem foram presos 7 membros dos black blocs e outros tantos identificados, que quiseram promover a invasão da Assembleia Legislativa", afirmou, destacando que, por solicitação da Justiça - a pedido do Legislativo -, o governo cercou o local com policiais.

"À medida que esses radicais, baderneiros foram para cima dos policiais, houve uma reação natural, até em proteção à própria vida e à integridade física."

O governador tucano disse que solicitou ao comandante da PM que os policiais evitassem o confronto e fossem tolerantes, "mas lamentavelmente tivemos cerca de 50 manifestantes com ferimentos leves, nada grave, e mais de 20 policiais agredidos".

Indagado sobre a discrepância de números de manifestantes feridos, o sindicato fala em mais de 200, disse que o levantamento de registros em hospitais indicam 50, mas alegou que houve atendimento a pessoas por causa do gás de pimenta e que isso pode ter não sido computado entre os feridos.

"Independentemente do número de feridos, mesmo que fosse um, é lamentável. Repudio esse tipo de acontecimento, sou um democrata, respeito as leis e tenho princípios e valores cristãos que me norteiam, mas lamentavelmente, para preservar a democracia, se houvesse mais uma invasão na Assembleia Legislativa do Estado, como ocorreu na greve de um mês atrás, o presidente da Casa teria que dar a chave para o presidente do sindicato (dos professores)."

Na entrevista à Rádio Estadão, Beto Richa disse também que um inquérito está apurando a atuação da polícia neste episódio. "Nosso pedido (à polícia) é sempre de comedimento e tolerância", reiterou o governador.

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