Brasil

Governo anuncia medidas por maior investimento em infraestrutura

Uma MP institui um fundo que permitirá desenvolver estudos para viabilizar concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) em estados e municípios

Infraestrutura: o objetivo é melhorar a qualidade dos serviços como iluminação pública, saneamento e gestão de resíduos (Cleiby Trevisan/Veja São Paulo/Reprodução)

Infraestrutura: o objetivo é melhorar a qualidade dos serviços como iluminação pública, saneamento e gestão de resíduos (Cleiby Trevisan/Veja São Paulo/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de julho de 2017 às 12h04.

Última atualização em 12 de julho de 2017 às 12h04.

O governo federal anunciou hoje (12) medidas que preveem investimentos em infraestrutura nos estados e municípios. Foi assinada uma medida provisória que institui um fundo para desenvolver estudos para viabilizar concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) na área de infraestrutura nos estados e municípios.

Segundo o Ministério do Planejamento, o objetivo é melhorar a qualidade dos serviços prestados à população, como iluminação pública, saneamento e gestão de resíduos sólidos.

Além disso, as PPPs municipais poderão contar com garantias oferecidas pelo Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE). Anteriormente, apenas as firmadas pela União e pelos estados contavam com esse tipo de garantia.

"A medida implicará diretamente na segurança dos parceiros privados ao firmarem contratos com o poder público municipal, atraindo novos investidores", diz o ministério.

A previsão do governo é de aportar R$ 180 milhões no fundo até 2019 e estimular cerca de R$ 4 bilhões de investimentos privados em infraestrutura urbana.

"Como os estudos de viabilidade das obras serão realizados em larga escala, espera-se, ainda, a redução dos custos dos projetos", acrescentou o Ministério do Planejamento.

Mobilidade urbana

Segundo o Ministério das Cidades, serão aplicados R$ 5,7 bilhões de investimentos público-privados para obras de mobilidade urbana e saneamento básico.

Para mobilidade urbana, serão R$ 3,7 bilhões de financiamento pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Os recursos poderão ser aplicados em pavimentação de vias urbanas, implantação ou requalificação de estações e abrigos do transporte público, calçadas com acessibilidade, ciclovias, ciclofaixas, bicicletários, sinalização viária, iluminação, drenagem, arborização e paisagismo.

Municípios com até 20 mil habitantes poderão encaminhar propostas com valor mínimo de R$ 500 mil e máximo de R$ 5 milhões. Para cidades com população entre 20 mil e 60 mil, o mínimo é de R$ 1 milhão e o máximo, R$ 15 milhões.

Cidades com população acima de 60 mil até 100 mil, o valor financiado fica entre R$ 1 milhão e R$ 20 milhões. E para municípios que têm mais de 100 mil habitantes até 250 mil, poderá ser liberado de R$ 1 milhão até R$ 30 milhões.

Segundo o Ministério das Cidades, o processo de seleção não tem prazo limite de inscrição de propostas.

Saneamento

As obras de saneamento terão R$ 2 bilhões de financiamento por meio do programa Saneamento para Todos. Os projetos deve ser voltados para abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e águas pluviais.

A primeira etapa da seleção de propostas inicia no dia 24 deste mês e vai até 9 de março de 2018 e o cadastro será feito no no Ministério das Cidades.

A segunda fase de seleção começa em 13 de novembro e as análises vão até 13 de abril de 2018, com resultado final em 17 de agosto de 2018.

Linhas de financiamento

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que serão disponibilizados ainda R$ 11,7 bilhões em linhas de crédito do Banco do Brasil, da Caixa e do BNDES para os municípios.

"São recursos para investimentos nos municípios que serão colocados à disposição de maneira muito ágil, pois já estão disponíveis", disse o ministro, acrescentando que não será necessário aporte do Tesouro Nacional.

Oliveira acrescentou que o governo federal estuda mudanças na legislação referente às concessões públicas, de modo a tornar mais simples a implementação de projetos municipais.

"A legislação atual foi pensada para grandes projetos de concessão de rodovias, aeroportos", disse o ministro. "Estamos iniciando estudos para a simplificação da legislação aplicada a essas concessões e esses projetos municipais de menor porte", declarou.

Acompanhe tudo sobre:GovernoInfraestruturaInvestimentos de empresasInvestimentos de governoParcerias público-privadasSaneamento

Mais de Brasil

Defesa de Collor reitera pedido por prisão domiciliar com atestado de Parkinson e transtorno bipolar

Gilmar Mendes retira pedido e julgamento de Collor segue no plenário virtual

Bolsonaro segue na UTI, 'sem febre ou alterações da pressão', diz boletim médico

Desaceleração no fim de 2024 faz Brasil cair seis posições em ranking global da produção industrial