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Governo anunciará ação contra tráfico de arma e retomada de território no RN

As informações foram reveladas pelo Mario Sarubbo, Secretário Nacional de Segurança Pública, em entrevista exclusiva à EXAME

Armas: governo lancará projeto para combate ao tráfico de drogas (Gabinete de Intervenção Federal/Reprodução)

Armas: governo lancará projeto para combate ao tráfico de drogas (Gabinete de Intervenção Federal/Reprodução)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 06h00.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja lançar nas próximas semanas um programa contra o tráfico de armas e um projeto de retomada territorial no Rio Grande do Norte, em uma parceria com forças estaduais.

As informações foram reveladas pelo Mario Sarubbo, Secretário Nacional de Segurança Pública, em entrevista exclusiva à EXAME.

Batizado de Renarme, o programa estava previsto para ser lançado apenas em 2026, mas com a megaoperação do Rio de Janeiro e a discussão de segurança no embate político, a gestão petista busca apresentar uma nova resposta para além do projeto antifacção e a PEC da Segurança Pública. 

"Estamos trabalhando em várias frentes. Estamos preparando o lançamento da Rede Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Armas e Explosivos e devemos lançar esse projeto em breve", diz.

A ideia é otimizar os resultados no combate ao tráfico de armas e munições com a criação de delegacias especializadas de armas em todos os estados e ampliação da cooperação interinstitucional. O foco da medida será a investigação sobre o tráfico de armas e munições de grosso calibre. 

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), o Brasil teve em 2025 79 mil apreensões de armas de fogo, alta de 2.34% em relação ao mesmo período do ano passado.

Retomada de território no Rio Grande do Norte

Segundo Sarubbo, o governo anunciará resultados do projeto-piloto de retomada territorial no Rio Grande do Norte. A previsão é que as informações sejam divulgadas a partir de dezembro.

A medida é uma parceira entre a Universidade de São Paulo (USP), a União e o estado, governado por uma aliada, Fátima Bezerra (PT). 

A intervenção começou em março, com entrada da força policial em áreas dominadas por facções. Ao mesmo tempo, o Estado leva as regiões serviços públicos, como Defensoria, mediação de conflitos, iluminação, urbanismo e serviços de saúde e educação.

O secretário diz que o governo também deve inaugurar um Centro Integrado de Segurança Pública e Proteção Ambiental (CISPA) em Cruzeiro do Sul, no Acre, até o final do ano.

"Esses centros integrarão diferentes forças de segurança para atuar nas regiões de fronteira e melhorar o sistema de inteligência. Estamos também trabalhando na integração de informações entre estados e com a Polícia Federal para otimizar as operações", afirma.

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