Brasil

Governo fará investimentos em portos mesmo sem MP, diz EPL

A Câmara dos Deputados tentou, sem sucesso, aprovar a Medida Provisória dos Portos, mas por falta de quórum a medida não foi analisada pelos deputados


	"A gente ainda acredita que o Congresso vai deliberar sobre essa medida provisória e nós vamos ter condições de fazer da maneira mais adequada", disse o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo
 (Renato Araujo/Agência Brasil)

"A gente ainda acredita que o Congresso vai deliberar sobre essa medida provisória e nós vamos ter condições de fazer da maneira mais adequada", disse o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo (Renato Araujo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 22h30.

São Paulo - O governo federal fará os investimentos necessários para melhorar o sistema portuário do país mesmo que o Congresso Nacional não vote a medida provisória que muda a regulamentação do setor, disse nesta segunda-feira o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.

"O que eu quero dizer é que nós vamos realizar investimentos dentro dos marcos legais que existirem. Agora, a forma? Vamos esperar para ver a decisão. A gente ainda acredita que o Congresso vai deliberar sobre essa medida provisória e nós vamos ter condições de fazer da maneira mais adequada", disse Figueiredo a jornalistas.

A Câmara dos Deputados tentou, sem sucesso, aprovar a Medida Provisória dos Portos, mas por falta de quórum a medida não foi analisada pelos deputados.

A MP, que vence na quinta-feira, ainda tem de ser votada pelo Senado e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), convocou uma nova sessão para tentar votar a medida na Câmara na manhã de terça-feira.

O presidente da EPL fez um palestra durante um encontro econômico entre Brasil e Alemanha, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Escalado pela presidente Dilma Rousseff para destravar o gargalo da logística no país, Figueiredo afirmou durante sua palestra que a maioria dos investimentos esperados para o processo de concessão de portos deve acontecer em áreas privadas, não sujeitas a interferências do governo.

Figueiredo também falou sobre o trem de alta velocidade (TAV) que ligará as cidades de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. Ele afirmou que o governo fará "ajustes" no projeto.

"A gente está querendo ver se melhora a alavancagem do projeto, que está em 70 %. Estamos propondo passar para o mesmo patamar de ferrovia, que é de 80 % e também melhorar a TIR (taxa interna de retorno). Essas são as principais demandas que a gente está discutindo com o governo", explicou ele.

Segundo Figueiredo, uma taxa de retorno de investimento de entre 7 e 7,5 % seria um patamar razoável. A taxa sugerida inicialmente para o TAV era de 6,32 %. 

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGoverno DilmaInfraestruturaPolítica no BrasilPortosTransportes

Mais de Brasil

Erika Hilton apresenta hoje proposta para acabar com escala 6x1

Sul sofrerá com onda de calor, enquanto 18 estados terão chuvas intensas nesta terça

Lula se reúne hoje com centrais sindicais falar do FGTS de quem optou por saque-aniversário

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular