Brasil

Governo fecha acordo para aprovação de MPs

Segundo o líder do governo, com o acordo, a MP será votada conforme o texto enviado pela Câmara dos Deputados


	“Nós combinamos todos os encaminhamentos com o governo”, garantiu o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral
 (Wikimedia Commons)

“Nós combinamos todos os encaminhamentos com o governo”, garantiu o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 18h57.

Brasília - O governo se comprometeu a vetar o artigo da Medida Provisória (MP) 665 que estabelece que os trabalhadores só terão direito ao abono salarial integral, de um salário-mínimo, se tiverem trabalhado pelo menos 90 dias no ano anterior.

A resistência a este ponto foi o motivo de a MP não ter sido votada ontem. Agora, a expectativa é que o texto seja aprovado na próxima terça-feira (26).

“Nós combinamos todos os encaminhamentos com o governo”, garantiu o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). “Nós fizemos, inclusive, avaliação dos impactos. Está tudo sob controle”, completou.

Como o plenário fez a discussão da matéria na sessão de ontem, a ordem do dia da próxima terça-feira começará com o início da votação da medida.

Segundo o líder do governo, com o acordo, a MP será votada conforme o texto enviado pela Câmara dos Deputados. Sem alterações, o texto seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

A preocupação do governo é com o prazo desta medida provisória e também das MPs 664 e 668. Todas perderão a validade por decurso de prazo no dia 1º de junho e, por isso, precisam ser aprovadas sem alteração para não precisarem retornar para outra análise da Câmara dos Deputados.

Segundo o líder do governo, as três medidas tratam do ajuste fiscal e não podem perder a validade. A MP 664 é a que trata de mudanças no acesso dos trabalhadores a pensão por morte e recebeu na Câmara uma emenda que muda a fórmula de cálculo do fator previdenciário. A MP 668 aumenta as alíquotas de PIS e Cofins sobre a importação de mercadorias.

“Nós montamos a agenda para a semana que vem, começando pela 665. Depois temos a 664 e a 668. A 668 é muito importante porque trata do imposto de importação, e esse é um tema relevante, porque é injeção na veia, ou seja, é dinheiro que entra no caixa. Então, nós estamos preocupados com o tempo, porque essas medidas caducam no início de junho”, afirmou Delcídio.

Ele se reuniu com vice-presidente da República e responsável pela articulação política do governo, Michel Temer, e com os líderes da base governista. Além do acordo sobre o veto ao artigo sobre abono salarial na MP 665, ficou acertado que as outras duas medidas serão aprovadas sem alteração para evitar que percam a validade.

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilGoverno DilmaSenadoGovernoAjuste fiscal

Mais de Brasil

Lula veta mudanças na Lei da Ficha Limpa que reduziam tempo de inelegibilidade

Governo de SP investiga venda de bebidas adulteradas em bares na Mooca e no Jardins

Bolsonaro pode voltar ao hospital por crise de soluços, diz família

Fux decide que número de deputados por estado permanece o mesmo em 2026