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Greve dos entregadores: veja quais são as reinvindicações da categoria

Paralisação desses profissionais está programa para os dias 31 de março e 1º de abril

Greve dos Entregadores: profissionais fizeram protestos do Pacaembu até a Avenida Paulista, no centro de São Paulo (iFood/Divulgação)

Greve dos Entregadores: profissionais fizeram protestos do Pacaembu até a Avenida Paulista, no centro de São Paulo (iFood/Divulgação)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 31 de março de 2025 às 15h43.

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Entregadores de aplicativos como iFood, Uber Flash e 99 anunciaram uma greve nacional para esta segunda-feira, 31 de março, e terça-feira, 1º de abril. A paralisação das atividades busca pressionar as plataformas por melhorias nas condições de trabalho dos profissionais da categoria.

Em São Paulo, organizadores realizaram um ato nesta segunda-feira na Praça Charles Miller, no Pacaembu, zona oeste da capital. De lá, os entregadores seguiram para outro ato no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Depois disso, seguiram em direção à sede do iFood, principal alvo dos protestos.

O protesto conta com o apoio do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) e da organização Minha Sampa, que também reivindicam o fim da escala 6×1.

Em uma declaração à imprensa, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como 99, iFood e Uber, disse que respeita o direito de manifestação e mantém canais de diálogo com os entregadores, mas apontou que a greve nacional pode "causar transtornos".

"A Amobitec defende a regulamentação do trabalho por aplicativos, visando a proteção social dos trabalhadores e a segurança jurídica das atividades. A paralisação dos entregadores pode causar atrasos e transtornos nos serviços de entrega em São Paulo", diz o texto.

A associação também alegou que houve um aumento de 5% na renda média dos entregadores entre 2023 e 2024, atingindo R$ 31,33 por hora trabalhada, segundo dados do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Quais são as principais reivindicações?

Nesta greve, os entregadores de aplicativo exigem as seguintes mudanças:

  • Reajuste da taxa mínima por entrega: de R$ 6,50 para R$ 10,00 por entrega;
  • Aumento das despesas por quilômetro rodado: de R$ 1,50 para R$ 2,50;
  • Limitação do raio das entregas de bicicleta para até 3 km por pedido;
  • Pagamento integral por entrega: reivindicam que cada entrega seja remunerada sem reduções, eliminando cortes considerados arbitrários quando há múltiplos pedidos no mesmo percurso.

Greve prevista para maio

A categoria pretende realizar a "maior paralisação da história". O Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP) informou nesta manhã que a greve será nacional, envolvendo cerca de 1,8 milhão de entregadores e mototaxistas.

Em São Paulo, estima-se que entre 700 e 800 mil profissionais façam parte do movimento.

Os entregadores já planejam uma nova greve geral para 2 de maio, apelidada de "feriadão", com o objetivo de intensificar a pressão por melhores condições de trabalho.

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