Brasil

Haddad propõe criar TV e rádio públicas do município de SP

Fernando Haddad está propondo a criação de uma TV pública e uma concessão de rádio para o município de São Paulo


	Fernando Haddad: democratização da comunicação é uma bandeira histórica do PT
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Fernando Haddad: democratização da comunicação é uma bandeira histórica do PT (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 09h36.

São Paulo - Candidato à reeleição, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), propõe a criação de um Conselho Municipal de Comunicação, com a implementação de uma TV e uma rádio públicas municipais.

A proposta consta no Plano de Governo apresentado pelo petista à Justiça Eleitoral no ato do registro da candidatura e foi confirmada pela assessoria do prefeito.

No documento, Haddad afirma que é papel de um governo comprometido com a democracia "difundir novas formas de expressão e de linguagem, além de novos meios, e ajudar a romper bloqueios de comunicação". A democratização dos meios de comunicação é uma bandeira histórica do PT.

Propostas assim, específicas, no entanto, costumam ser exceção nos Planos de Governo apresentados por candidatos a cargos no Executivo. A lei estabelece que o documento deve ser apresentado, mas não há fiscalização sobre o cumprimento do que está escrito.

Desobrigados a apresentar metas claras e formas de execução de suas propostas, candidatos costumam reforçar discursos de campanha e descrever diretrizes que beiram a generalização.

No plano de governo para a reeleição, Haddad dedicou grande parte do texto para fazer uma defesa de sua gestão. Exaltou feitos como a negociação que resultou na redução da dívida pública, a regulamentação do aplicativo Uber, que, e marcas de sua gestão como as ciclovias, as faixas exclusivas de ônibus e o programa Ruas Abertas.

Entre as diretrizes, Haddad propõe "garantir educação de gênero e educação em direitos humanos contra qualquer forma de discriminação" no currículo escolar.

O termo "gênero" foi retirado do Plano Municipal de Educação aprovado na Câmara Municipal no ano passado, após pressão da bancada evangélica no Legislativo. O mesmo havia ocorrido na esfera federal, em 2014.

Além de Haddad, Luiza Erundina (PSOL) e João Doria (PSDB) também propõem avanços no tema da diversidade sexual e políticas voltadas para a inclusão da comunidade LGBT. O tucano propõe ofertar bolsas para travestis e transexuais para reduzir a evasão escolar.

Sexóloga e autora de proposta de união civil homoafetiva nos anos 1990 quando foi deputada federal, Marta Suplicy (PMDB) ignora o tema em seu plano. No capítulo dedicado à política de inclusão, o documento cita a promoção de igualdade racial e autonomia para a mulher e pessoa com deficiência.

Em contraponto à autopromoção de Haddad, Celso Russomanno (PRB) constrói a narrativa de seu plano de governo, um calhamaço de 74 páginas, com dados oficiais para fundamentar suas críticas à atual gestão. Apesar das críticas a Haddad, as propostas de Russomanno avançam pouco além do que foi proposto pelo petista em 2012, no seu Plano de Metas.

Entre as proposições do candidato do PRB estão a "conclusão das 22 Unidades Básicas de Saúde (USBs) inacabadas e a melhoria das existentes", a "finalização das 13 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) não construídas e a reforma das seis UPAs programadas e não edificadas", a "conclusão das 11 unidades da Rede Hora Certa inacabadas e a substituição de sete unidades modulares existentes por unidades que serão construídas" e a "conclusão dos três hospitais prometidos pela atual gestão e não entregues em Parelheiros, Vila Matilde e Brasilândia".

Transporte

Na área de transportes e mobilidade urbana, Russomanno volta a falar no plano de governo deste ano em mudanças de critérios na cobrança de tarifas.

O texto, no entanto, é mais genérico do que a proposta feita em 2012, que previa a cobrança de tarifa proporcional à quantidade de quilômetros rodados pelo passageiro.

Naquele ano, a interpretação de que o usuário que mora mais longe iria pagar uma tarifa maior foi determinante para sua perda de intenção de votos.

Sua proposta este ano é "revisar políticas de tarifas do transporte público com critérios de integralidade, equidade, eficiência, economia, sustentabilidade financeira, com finalidade de diminuir o impacto no Orçamento, preferencialmente das famílias de baixa renda, fomentar o comércio e a competitividade econômica nas distintas regiões da cidade".

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFernando HaddadMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosSão Paulo capitalTelevisãoTV

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil