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Indústria nacional gasta R$ 130 bi por ano com segurança, diz CNI

A estimativa é baseada em um dado do Banco Mundial que diz que 4,2% do faturamento anual das empresas brasileiras é consumido por gastos com segurança

Indústria: segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial, das 138 economias avaliadas, a brasileira está desde 2006 entre as 25% piores colocadas no indicador de custos com violência (Paulo Whitaker/Reuters)

Indústria: segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial, das 138 economias avaliadas, a brasileira está desde 2006 entre as 25% piores colocadas no indicador de custos com violência (Paulo Whitaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 16h40.

Todos os anos a indústria brasileira de transformação gasta cerca de R$ 130 bilhões com segurança privada e com perdas decorrentes de roubo de cargas e vandalismo, de acordo com estudo publicado hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O documento Deficiência na Segurança Pública Reduz Competitividade do Brasil avalia que a redução de investimentos e o redirecionamento de recursos para gastos não produtivos, como os relativos à prevenção e combate ao crime, afetam o crescimento das empresas a longo prazo.

A estimativa é baseada em um dado do Banco Mundial, de 2009, que diz que 4,2% do faturamento anual das empresas brasileiras é consumido por gastos com segurança, que poderiam ser aplicados em outros setores das companhias.

Para chegar ao valor final (R$ 130 bilhões), a CNI considerou a receita bruta da indústria de transformação levantada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e aplicou a porcentagem do Banco Mundial.

Segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial, das 138 economias avaliadas, a brasileira está desde 2006 entre as 25% piores colocadas no indicador de custos com violência. Em 2015, o Brasil ficou atrás de países como Haiti, República Dominicana e Argentina.

Crise econômica

O estudo também defende que, com a crise econômica, os custos com crimes violentos aumentaram ainda mais nos últimos anos.

Entre 2010 e 2015, o número de ocorrências de roubo e furto de carga no Brasil cresceu 64%. No mesmo período, houve aumento da demanda por serviços de vigilância e segurança.

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