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Inquérito aberto contra Cunha também investiga André Esteves

O caso está sob sigilo, mas os crimes investigados são de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro


	André Esteves, do BTG Pactual: banqueiro já foi preso em novembro do ano passado, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, mas foi solto no mês seguinte.
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

André Esteves, do BTG Pactual: banqueiro já foi preso em novembro do ano passado, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, mas foi solto no mês seguinte. (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 10h04.

Brasília - Um dos novos inquéritos contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abertos recentemente no Supremo Tribunal Federal, também investiga o dono do banco BTG, André Esteves.

O caso está sob sigilo, mas os crimes investigados são de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A abertura desse e de outro inquérito contra Cunha foi pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no último 18 e autorizados pelo ministro do STF Teori Zavascki na segunda-feira, 25.

Ainda não está claro por que Cunha e Esteves estão sendo investigados no mesmo inquérito. Até agora, o presidente da Câmara responde a cinco processos no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato. Em um deles, o peemedebista foi transformado em réu pela Corte.

Esteves foi preso em novembro do ano passado, sob suspeita de tentar obstruir as investigações da Lava Jato ao se associar com o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Por conta desse episódio, o banqueiro já responde a um inquérito no Supremo. Ele, no entanto, ficou menos de um mês na cadeia, e nesta segunda, Teori decidiu revogar a prisão domiciliar e suspender as demais medidas cautelares impostas contra ele.

Em sua decisão, o ministro definiu que Esteves terá que se apresentar à Justiça sempre que for intimado, que ele está proibido de manter contato com os demais investigados e que só poderá viajar ao exterior a trabalho, por um período menor que uma semana e terá que comunicar o deslocamento às autoridades competentes.

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