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Instituto Butantan alerta sobre riscos da 'vacina-do-sapo'

Segundo o professor Carlos Jared, do Butantan, não existem estudos que confirmem a eficácia total do veneno da perereca-verde Phyllomedusa bicolor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 20h11.

São Paulo - O Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, fez um alerta nesta sexta-feira, 3, por meio de comunicado, sobre os riscos da "vacina-do-sapo", técnica indígena que promete proporcionar força, resistência e até mesmo a cura de diversas doenças como câncer e depressão.

Segundo o professor Carlos Jared, diretor do Laboratório de Biologia Celular do Butantan, não existem estudos que confirmem a eficácia total do veneno da perereca-verde Phyllomedusa bicolor, também conhecida como kambô.

Para o especialista, diz o comunicado, a presença comprovada de opioides, produzidos por glândulas de veneno do animal, pode levar a uma momentânea sensação de bem-estar, que vem se popularizando no Brasil e no mundo. Ele explica que uma série de outros componentes podem ser encontrados na substância, mas que a maioria deles tem função desconhecida pela Ciência.

A secreção que a perereca kambô libera é um veneno com centenas de componentes. "Há várias contraindicações que seriam as substâncias da glândula do veneno do animal, e que podem causar vômitos, diarreia, taquicardia, sudorese e alterações de pressão, entre outros sintomas", afirma Jared.

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