Brasil

Janot também pediu afastamento de Renan ao Supremo

Na petição, Janot afirmou que a atividade política é muito nobre e deve ser preservada de pessoas envolvidas com "atos ilícitos"

Rodrigo Janot: no entanto, o pedido foi autuado somente no início da noite (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Rodrigo Janot: no entanto, o pedido foi autuado somente no início da noite (Antonio Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 08h28.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também pediu hoje (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do cargo.

No entanto, o pedido foi autuado somente no início da noite, após a decisão do ministro Marco Aurélio, que determinou o afastamento com base em uma ação protocolada pela Rede.

O pedido também foi feito com base no entendimento da maioria formada no julgamento em que a Rede pede que réus sejam proibidos de presidir a Câmara dos Deputados ou o Senado. Na semana passada, Renan se tornou réu por peculato.

No mês passado, a Corte começou a julgar a ação na qual o partido pede que o Supremo declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória da Presidência da República. Até o momento, há maioria de seis votos pelo impedimento, mas o julgamento não foi encerrado em função de um pedido de vista do ministro Dias Toffoli.

Na petição, Janot afirmou que a atividade política é muito nobre e deve ser preservada de pessoas envolvidas com "atos ilícitos, ainda mais quando já sejam objeto de ação penal em curso na Suprema Corte do país".

"A necessidade de proteger a credibilidade e a respeitabilidade das instituições nacionais é suprema, mormente na situação que o país atravessa, em que são frequentes as demonstrações de descrédito da população, atormentada por seguidos exemplos de desapreço à lei e à ética por parte de certas autoridades. Trata-se de preservar um dos alicerces da organização social e política da Nação", disse Janot.

O pedido de afastamento feito pela PGR foi motivada pela decisão proferida pela Corte na semana passada, que tornou Renan réu pelo crime de peculato.

Para o procurador, o Legislativo tem de ser presidido por "cidadãos que estejam plenamente aptos a exercer todas as missões próprias dessa magna função".

"Não é aceitável que o presidente de um dos órgãos de representação popular vocacionados a suceder o presidente da República esteja afastado de antemão dessa linha de substituição por problemas pessoais do ocupante do cargo".

O pedido da PGR foi distribuído para o ministro Edson Fachin, relator do inquérito no qual Renan se tornou réu pelo crime de peculato. Tendo em vista que o afastamento foi proferido pelo ministro Marco Aurélio, a ação poderá perder objeto.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosRenan CalheirosRodrigo JanotSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU