Juliana Marins: brasileira morreu após quatro dias de espera por resgate na Indonésia (resgatejulianamarins/Instagram)
Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2025 às 09h01.
As tentativas e o trabalho de resgate da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foram acompanhados por brasileiros e estrangeiros ao longo de quatro dias.
A publicitária, moradora de Niterói, Região Metropolitana do Rio, caiu da trilha do vulcão no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, no início da manhã do dia 21 de junho, quando ainda era noite do dia anterior no Brasil.
Condições climáticas adversas e dificuldade de mobilização de equipes de resgate prolongaram o tempo de buscas. Cerca de 85 horas depois, o corpo da jovem foi localizado por voluntários que tomaram à frente do trabalho de resgate junto a órgãos oficiais indonésios.
O corpo da jovem passou por autópsia ainda na Indonésia e na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, ao ser repatriado após seis dias depois de ser resgatado.
Apesar dos exames, algumas informações não puderam ser descobertas, como o horário exato da morte. Ambos apontam que uma das quedas que Juliana sofreu na íngreme encosta do vulcão provocou a morte, em cerca de 15 a 20 minutos.
Nesta sexta-feira, a família da jovem fará uma coletiva para compartilhar detalhes sobre o novo laudo pericial produzido no Brasil e como pretender agir a partir de agora.À época, eles denunciaram negligência por parte dos responsáveis pelo parque e dos órgãos de resgate. O encontro está marcado para as 13h na sede da Defensoria Pública da União, no Centro do Rio.
Sexta-feira, 20 de junho
19h no Rio (6h de sábado na Indonésia) - Juliana sofre a primeira queda durante trilha no Monte Rinjani. Ela é vista em um ponto cerca de 300 metros abaixo da trilha. Três horas depois, turistas fazem imagens da brasileira com um drone. É possível ver que ela está viva e com movimentos.
23h40 no Rio (10h40 de sábado na Indonésia) - A Agência Nacional de Busca e Resgate (Basamar) do país asiático informa ter recebido alerta do acidente.
Sábado, 21 de junho
17h10 no Rio (4h10 de domingo na Indonésia) - Juliana é avistada, mas devido às condições climáticas não foi possível resgatá-la. A família chegou a ser informada de que os socorristas tinham alcançado a jovem e levado comida e água para ela, mas essa informação foi desmentida.
Domingo, 22 de junho
Fim da manhã no Rio (noite na Indonésia) - Familiares da publicitária informaram que as buscas pela brasileira haviam sido oficialmente suspensas por conta de condições climáticas adversas do local.
Segunda-feira, 23 de junho
5h no Rio (16h na Indonésia) - Com uso de drone térmico as equipes conseguiram localizar Juliana, aparentemente deitada e imóvel, a uma distância entre 400 e 500 metros abaixo do ponto da queda. Buscas são interrompidas às dadas as condições climáticas.
Terça-feira, 24 de junho
Juliana teria morrido entre 1h15 do dia 23 e 1h15 do dia 24 de acordo com a primeira autópsia no corpo.
6h no Rio (17h na Indonésia) - O Parque Nacional de Rinjani suspende o acesso de turistas às trilhas do monte para concentrar os esforços no resgate da brasileira.
8h no Rio (19h na Indonésia) - Juliana é encontrada pelos socorristas, sem vida, em um ponto 600 metros abaixo do local original da queda na trilha que leva ao cume do vulcão.
11h no Rio (22h na Indonésia) - A família publica nota informando a morte de Juliana Marins.
17h no Rio (6h, de quarta, na Indonésia) - Retomada do trabalho da equipe no desfiladeiro.
Quarta-feira, 25 de junho
2h50 no Rio (13h50 na Indonésia) - Toda a equipe de resgate e o corpo da jovem são içados até o primeiro ponto.