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Juros para o consumidor atingem menor índice em 15 anos

Taxa de 6,75% é a menor desde que a medição começou a ser feita em 1995

Juros cobrados pelos bancos caíram para 2,37% (Arquivo)

Juros cobrados pelos bancos caíram para 2,37% (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - A taxa média mensal de juros para as pessoas físicas atingiu 6,75% em agosto, ante os 6,85% registrados em julho, segundo a pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Esse percentual é o menor índice desde janeiro de 1995, quando a entidade iniciou a apuração. Até então, a mais baixa tinha sido registrada em março (6,77%).

Na média, a taxa anual caiu 2,47 pontos percentuais em agosto em relação a julho, passando de 121,46% para 118,99%. Entre as seis linhas de empréstimos, a exceção foi o cartão de crédito, cuja correção está inalterada desde fevereiro deste ano em 10,69% ao mês.

Quem usou o dinheiro do cheque especial pagou juros de 7,45% ante 7,47% em julho. Nessa modalidade, a menor taxa mensal do ano foi constatada em janeiro (7,32%). No caso do Crédito Direto ao Consumidor (CDC) obtido nos bancos os juros cobrados atingiram 2,37% ante 2,46%. Em março, a taxa era inferior, de 2,33%. Nas demais financeiras, o CDC foi fixado, em média, em 4,73% ante 4,85% em julho.

Para as empresas, houve redução em todas as modalidades de empréstimos. Os empresários pagaram em média juros de 3,82% ao mês, redução de 0,03 ponto percentual na comparação com julho (3,85%), e o menor índice desde maio deste ano.

Na análise técnica da entidade, as reduções estão associadas à melhoria das condições econômicas do país e à regularização do mercado após a crise que atingiu alguns países europeus (Grécia, Portugal e Espanha). Além disso, houve queda de inadimplência e maior competição no mercado financeiro.

A Anefac lembrou que, em agosto, a taxa básica de juros (Selic), no período de janeiro a agosto aumentou dois pontos percentuais passando de 8,75% ao ano, em janeiro, para 10,75% ao ano, em agosto. Na mesma base de comparação, o crédito para pessoas físicas teve queda de de 2,97 pontos percentuais e os financiamentos para as empresas, elevação de 0,72 ponto percentual.

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